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Foto: Divulgação
O governo brasileiro decidiu, finalmente, dar uma resposta às limitações impostas pela Argentina para a compra de nossas autopeças: a partir de agora os exportadores do país vizinho também terão que solicitar licença de importação para a entrada de alguns componentes no mercado local.
A atitude representa um tratamento de reciprocidade e foi bem recebida pelo presidente do Sindipeças, Paulo Butori, que é também presidente do Mercoparts, associação regional da indústria de autopeças. “O governo argentino vai entender o recado” – disse ao Estadão. Para ele, as empresas brasileiras têm condições de suprir os produtos barrados burocraticamente, como câmbio, filtros, partes de ar condicionado, baterias.
As montadoras demonstram preocupação com o avanço de uma eventual guerra alfandegária no segmento de autopeças, que poderia prejudicar as linhas de montagem nos dois países em momento de forte demanda. O segmento de componentes automotivos representa 40% do comércio entre Brasil e Argentina.
As relações entre os dois paises na área de autopeças nem sempre foram das melhores. Marcadas por conflitos entre fabricantes, diferentes interpretações sobre a legislação ou falta de isonomia, parecem distantes de um acordo permanente. Para dirigentes brasileiros, o país vizinho tem facilitado o ingresso de produtos chineses baratos na região, prejudicando a competitividade da indústria automotiva do Mercosul.
As licenças de importação se sobrepõem às regras criadas para dinamizar a integração da indústria automobilística no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No caso da Argentina, a concessão tem demorado mais de sessenta dias em muitos casos.
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