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Fonte: Empregos Catho Online / Por Tatiana Aude - 22/09/2009
Fotos: Divulgação
Por mais incrível que possa parecer, se procurarmos nas ferramentas de busca da internet assuntos relacionados às mentiras utilizadas para conseguir emprego, vamos encontrar até fóruns onde o mediador presta o maior apoio - e se diz orgulhoso, inclusive! - em saber de histórias de pessoas que mentiram e obtiveram êxito no emprego almejado.
A mentira é um vício que faz parte da educação ou cultura em que determinada pessoa está inserida. E, em geral, começa a ser praticada na vida pessoal, sendo transferida, na sequência, para a vida profissional – e é justamente aí que mora o perigo. O candidato a vagas de emprego quer, de todas as formas, aumentar as suas chances de contratação para determinado cargo (ainda mais em época de crise, onde as ofertas de emprego são menores) e, então, mente ou omite a idade, local de moradia, grau de instrução, cursos que nunca passou nem perto de fazer, entre tantas outras informações.
São várias as formas de mentir e de convencer o selecionador de que aqueles dados são fiéis à realidade. Mas, do outro lado da mesa, os profissionais de Recursos Humanos são enfáticos: toda mentira, uma hora ou outra, será descoberta!
“A mentira pode acontecer em qualquer fase do processo, mas não adianta. Nós temos meios de descobrir, pois somos treinados para fazer o candidato cair em contradição. Por exemplo, quando ele diz que foi demitido por corte de pessoal. Como temos contato com muitas empresas, temos como saber quais estão, de fato, o motivo da redução do quadro de funcionários em determinada empresa. Também sabemos quando o candidato engana nas datas dos períodos das empresas, se tem realmente o curso que cita etc.”, afirma a sócia diretora da Dom Graphein, empresa de soluções em grafologia e RH, Luciana Boschi.
Este é apenas um exemplo simples, mas há situações que se tornam realmente insustentáveis dentro da empresa. Passada a mentira no momento da seleção, se o candidato ingressa na organização, muitas vezes cai em contradição ou deixa transparecer a falta de preparação para o cargo por não conseguir segurar a máscara durante muito tempo.
No momento de descoberta de uma mentira cria-se outro questionamento: como proceder? Conversar com o candidato apenas e mantê-lo no quadro independente do ocorrido? Demiti-lo simplesmente? Fazer acordo para que ele peça a demissão? Ou dispensá-lo por justa causa?
Luciano Amato, diretor executivo da Training People, atenta para um aspecto importante, principalmente se a ideia for uma punição mais rígida. “Ao descobrir a verdade, a melhor atitude é agir com transparência e firmeza. Chamar o candidato e expor o ocorrido. Porém é importantíssimo ter documentos que comprovem o fato, caso contrário o candidato pode virar o jogo, inclusive juridicamente”.
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