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Fonte: Empregos Catho Online
Foto: Divulgação
Trabalhar numa grande organização, de preferência, numa multinacional... Esse é o sonho de muita gente. O status que algumas vagas numa empresa dessas representa deixa muitos profissionais deslumbrados. Mas nem só de grandes empresas vive o mercado de trabalho. Aliás, muito pelo contrário: segundo o SEBRAE-SP, no Brasil existem 5,1 milhões de empresas, e 98% desse total é composto por micro ou pequenas. Esses negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado - um mercado gigantesco a ser explorado.
Diferentemente do que algumas pessoas ainda pensam, principalmente no caso de pequenas e médias empresas, a estrutura e o desempenho em números surpreendem. "O conceito hoje de pequena e média empresa mudou consideravelmente. Para se ter uma idéia, um dos clientes com que nós trabalhamos tem 300 funcionários, mas são 300 funcionários espalhados pelo mundo. A questão da tecnologia e o foco no negócio podem garantir que uma empresa, mesmo com poucos funcionários, seja global, referência em seu negócio", afirma Adriano Bravo, diretor-geral da CASE Consulting, consultoria de recrutamento especializado de executivos.
Se para ser uma empresa global não é necessário ser grande, é importante considerar também as oportunidades que surgem nas pequenas e médias. E tenha certeza: há boas oportunidades de crescimento profissional nas companhias desses portes, além de uma autonomia que costuma ajudar muito no desenvolvimento da carreira. "Nelas, o profissional tem de aprender muito rápido a tomar decisões, tem de ter uma mente resoluta, e isso é extremamente importante para o amadurecimento profissional", considera Carlos Cruz, coach executivo e conferencista em Desenvolvimento Humano.
Referência numa pequena ou número numa grande?
Os caminhos percorridos numa pequena ou média empresa são bem diferentes dos passos dados numa grande. No primeiro caso, na maioria das vezes, as coisas acontecem um pouco mais rápido - mas, claro, há exceções. Já nas grandes, com mais funcionários, os processos de crescimento e desenvolvimento de cargos acabam sendo um pouco mais lentos. "Em empresas menores, os caminhos para o profissional assumir posições de liderança se tornam mais curtos, porque normalmente a companhia tem uma estrutura de gestão bem mais simplificada e com menos níveis que, eventualmente, uma grande corporação. Muitas vezes, para assumir uma posição de liderança numa grande empresa se leva de 10 a 15 anos. Já numa empresa média ou pequena, a pessoa consegue uma posição de liderança num período de quatro a cinco anos", considera Bravo.
Outro fator é o espaço para os profissionais de níveis hierárquicos mais baixos. "As grandes empresas exigem muito dos profissionais. Já nas pequenas há mais possibilidades de entrar como recepcionista, auxiliar de escritório... Enfim, cargos mais baixos, que dão espaço para o profissional se desenvolver", afirma Cruz.
O que vale mais a pena?
Segundo os especialistas, é impossível dizer se é melhor ou pior trabalhar numa média ou grande empresa. Além disso, o mais correto é aceitar uma oportunidade pelo que ela representa, pelo desenvolvimento que ela pode proporcionar, e não pelo porte da empresa. "O que a pessoa tem de avaliar é a solidez do negócio e o retorno que ele vai trazer pra ela, o quanto que vai gerar em retorno de carreira no médio e longo prazo. E não o porte da empresa", aconselha Bravo.
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