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Fotos: Gemini Magazine
Cientistas da Noruega desenvolveram uma solução para proteger edifícios, depósitos de munições e contêineres em zonas de guerra com metais leves. O produto é um painel de alumínio com furos a serem preenchidos com areia, cascalho ou pequenas pedras - produtos comumente encontrados nessas áreas.
Isso faz o produto ser leve, barato e flexível, segundo o chefe do Centro de Pesquisas de Impactos Estruturais da Universidade de Ciência e Tecnologia da Norueguesa (NTNU), Magnus Langseth. A peça de alumínio é fácil de produzir pela extrusão por um molde que dá a ela a seção tranversal desejada.
Por serem pequenas (uma espécie de tijolo de alumínio) e leves, as peças também são fáceis de transportar e montar. Cada peça é colocada em um dispositivo de elevação e montadas em um sistemas de encaixe em uma parede de conteiner, por exemplo, formando um painel. Depois de montadas, são preenchidas com o cascalho, que pode ser retirado se o painel precisar ser transferido para outra área.
A montagem é rápida: dois homens dão conta de construir uma parede dessas em uma manhã.
"Essas formas de alumínio preenchidas podem suportar projéteis e explosivos", explica o professor Tore Borvik, que trabalha no projeto. O produto demonstrou eficácia em testes feitos com o equivalente a 4 toneladas de TNT a 120 metros da parede. Ainda precisam ser feitas algumas melhorias e o sistema não chegou ao mercado. O professor Langseth lembra que a universidade não vai produzir as peças, apenas desenvolver as ferramentas e tecnologia, como modelos computacionais para as indústrias que quiserem desenvolver o produto.
Espuma de alumínio
Já para os veículos, os cientistas ainda não conseguiram alcançar os resultados esperados. Eles estão trabalhando em uma espuma de alumínio, que absorva o impacto da explosão. A espuma de alumínio seria bem mais leve que a blindagem de aço, que torna os carros muito pesados. Com a blindagem de aço, além de gastar mais combustível, alguns lugares se tornam inacessíveis.
"Este é um desafio extremamente complexo", enfatiza o professor Langseth. "Quando uma mina explode, a combinação de areia e pressão de ar arremessam o veículo e o motorista no ar. Temos de encontrar um método para absorver a pressão, algo que é muito leve e não ocupa muito espaço", define Langseth.
* Notícia original, em inglês, pode ser acessada no site da revista Gemini, da NTNU.
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