Fonte e foto: Agência FAPESP – 31/08/2009
A revista Unesp Ciência, de divulgação científica, foi lançada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) nesta quarta-feira (26/8), em cerimônia no auditório do Instituto de Física Teórica da Unesp, no campus Barra Funda, na capital paulista.
Estiveram presentes Herman Voorwald, reitor da Unesp e conselheiro da FAPESP, Carlos Vogt, secretário de Ensino Superior do Estado de São Paulo e coordenador do Laboratório de Jornalismo Científico (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas, e José Castilho Neto, presidente da Fundação Editora da Unesp, além de pesquisadores e interessados na divulgação da ciência.
Mensal, com tiragem de 25 mil exemplares e 48 páginas, a publicação será distribuída nos campi da Unesp e em diversas instituições de ensino e de pesquisa. A revista também pode ser lida, em formato pdf, pela internet.
“O foco é fazer uma divulgação científica de referência, com equilíbrio entre as áreas. E um jornalismo crítico, não mostrando a ciência como algo acabado”, disse Maurício Tuffani, assessor de comunicação e imprensa da Unesp e diretor editorial da revista.
Voorwald conta que quando assumiu a reitoria, em 2008, já havia pensado em criar um veículo de divulgação científica que expressasse, em linguagem clara e acessível, os principais estudos desenvolvidos pelos pesquisadores da Unesp.
“Percebemos a necessidade para a Unesp de um instrumento de divulgação com esse perfil, mas com limites que não sejam os muros da universidade. A revista será um grande instrumento de divulgação da ciência e da instituição, ajudando os próprios professores a dimensionar a importância e competência da universidade e o seu papel social”, disse.
Vogt salientou a trajetória ascendente da divulgação científica no país, em particular em São Paulo. “Isso se deve, em grande parte, ao amadurecimento das próprias instituições ligadas à pesquisa, que passaram a colocar a divulgação como prioridade”, disse.
No primeiro número, a revista destaca os 400 anos da ciência moderna. A reportagem Quatro séculos da ciência relembra Galileu Galilei (1564-1642), que rompeu o paradigma defendido por Nicolau Copérnico (1473-1543) segundo o qual o Sol estaria no centro do Sistema Solar (heliocentrismo).
Essa mudança de perspectiva é considerada o marco da modernidade científica. A reportagem elenca ainda alguns dos principais formuladores da ciência moderna, como Francis Bacon, René Descartes e Albert Einstein.
A revista traz um perfil da arqueóloga e antropóloga Ruth Künzli, da Unesp de Presidente Prudente (SP), e aborda temas curiosos para o público menos especializado como na reportagem Estação de trabalho, que mostra quais são os tipos de objetos que um pesquisador reúne em sua sala. A reportagem Insetos criminalistas explica como o estudo de moscas e larvas pode dizer quando e como uma pessoa morreu.
Outros destaques são a seção de lançamentos de livros e a Click, de flagrantes da “beleza da ciência”. Na primeira edição, são imagens de nanoesculturas produzidas a partir de dióxido de estanho. Pesquisadores do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, em parceria com colegas da Universidade Federal de São Carlos, trabalham com partículas de bilionésimos de metro e têm confeccionado uma espécie de “nanoarte”, com as imagens geradas nos experimentos.