Queda de juros impulsiona financiamentos

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O mercado de aquisição de veículos a prazo sinaliza mudanças, de acordo com levantamento do primeiro quadrimestre de 2009, realizado pela Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras). As taxas de juros, que fecharam 2008 com 1,80% ao mês (23,87% ao ano), estão em queda e atingiram em abril deste ano 1,59% ao mês (20,84% ao ano).

Os planos de financiamento oferecidos aos consumidores também começaram a apontar um aumento, cujo principal efeito será o de alongar o prazo médio de financiamentos, atualmente em 40 meses. Esta média poderá retornar aos 42 meses, verificados no primeiro semestre do ano passado.

As carteiras de Leasing e CDC (Crédito Direto ao Consumidor) apresentaram crescimento de 18,4% em relação ao mês abril de 2008, passando de R$ 122,8 bilhões para R$ 145,3 bilhões no mesmo mês de 2009. Analisados separadamente, o saldo de CDC caiu 3,1%, de R$ 83,9 bilhões para R$ 81,2 bilhões, e a carteira de Leasing cresceu 64,8%, saltando de R$ 38,9 bilhões para R$ 64,1 bilhões. As duas carteiras já representam 35,3% do total de crédito concedido às pessoas físicas no País.

“O crédito está acompanhando o momento favorável para a comercialização de veículos de passageiros e comerciais leves, impulsionado principalmente pela redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e redução gradual das taxas de juros", avalia Luiz Montenegro, presidente da Anef . Com este cenário positivo, aliado a percepção de que os efeitos causados pela crise internacional não causaram o mesmo impacto no Brasil, os consumidores estão se sentindo mais seguros para comprar veículos a prazo.

"No entanto, instituições financeiras e clientes estão concretizando as negociações com valores de entradas maiores do que as verificadas anteriormente, o que auxilia, dentre outros aspectos, na contenção dos índices de crescimento da inadimplência para o setor”, completa Montenegro.

Em relação à inadimplência acima de 90 dias, o mês de abril encerrou no patamar de 5,2% na carteira de CDC. “Apesar da curva crescente, a inadimplência está em patamares administráveis e a tendência é que volte a apresentar retração a partir do segundo semestre do ano”, finaliza Montenegro.

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