Etanol pode ser produzido a partir do lixo


Com uma fábrica-piloto já em testes na Pensilvânia (EUA), a Coskata iniciará no segundo semestre a produção de etanol de segunda geração derivado de diferentes tipos de dejetos, como grama, palha de milho e cana, restos de pneus, plásticos e madeira.

A empresa informa que seu processo produtivo é inédito e que busca parceiros no Brasil para joint venture ou licenciamento de sua tecnologia. O objetivo da empresa é vender o etanol no mercado norte-americano por menos de US$ 1 o galão, ante US$ 2,50 a US$ 2,80 cobrado pela gasolina, que há um ano chegou ao pico de US$ 4. Com o fomento do uso, o etanol pode se transformar em commodity, o que facilitaria a exportação do produto brasileiro, aqui chamado de álcool.

No Brasil, explica o diretor de marketing e relações governamentais da Coskata, Wesley Bolsen, a vantagem seria o uso do bagaço da cana, subproduto da própria produção do álcool.

Nos EUA, a empresa está fechando parceria com a companhia US Sugar Corporation para criar ""a maior fabricante de etanol de celulose usando folhas da cana de açúcar e bagaço"". Também já ocorreram conversas com a Petrobrás.

A General Motors é sócia da Coskata nos EUA e será a primeira montadora a utilizar em seus automóveis o etanol produzido pela Coskata. "Queremos retirar o automóvel do debate ambiental", diz o Pedro Bentancourt, gerente de relações com a indústria da GM do Brasil ao explicar a parceria da matriz, anunciada em 2007. "Mesmo que a sede norte-americana entre em concordata, os planos conjuntos não serão alterados, pois os investimentos já foram feitos", informa Bentancourt.