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FEIMAFE começou com uma expectativa dúbia. Essa foi a conclusão de Augusto Mestre, diretor comercial da Heller. Depois de um primeiro dia fraco para a empresa, os contatos melhoram muito, e, mesmo com o volume de visitação abaixo do normal e do registrado em 2007 (na ultima edição do evento) a empresa fechou a venda de uma máquina, o que é incomum para eles. "Para nossa alegria fechamos esse negócio", anima-se Augusto.
A FEIMAFE teve esse resultado para várias empresas. Apesar da queda na visitação, muitos fecharam negócios e ficaram satisfeitos (e até mesmo surpresos) com as vendas.
Hermes Lago Filho, diretor da
Romi, acredita que essa reversão de postura do mercado seja uma tendência. “Na
Brasilplast o cenário já começou a mudar” acredita. Para ele os pequenos empresários foram os mais afetados pela crise e eles estiveram presentes na FEIMAFE dispostos a negociar.
Já João Luiz Poleselo, diretor comercial da Meggaton, acredita que a Brasilplast talvez seja responsável pela queda no voluma de visitantes da feira. “Acho que muitos empresários de outros estados vieram para a feira do plástico e não voltaram para a FEIMAFE porque isso representaria muitas despesas”, declarou.
Rogério Secchiero, gerente de vendas, da
Grob, considera que esta edição da feira foi melhor do que a 2007 para a empresa, e, apesar do negativismo do mercado, percebe uma reação muito clara.
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Tiger Tools, que participou da FEIMAFE no estande da
LMT Bohlerit, fabricante de ferramentas de corte, realizou parcerias com novos clientes na região do ABCD. Essa proximidade com os parceiros levou a empresa a perceber que a conjuntura atual é propícia para aplicar novas tecnologias nos processos de fabricação e, principalmente, detectar os pontos deficientes e corrigi-los.
Para a Tiger Tools, o panorama apresentado na feira prova que situações adversas independem de nós, mas sair delas depende da atuação de cada um.
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Okuma, fabricante de máquinas operatrizes, fechou a venda de dois tornos CNC. Para a empresa, seus clientes tradicionais, que são na maioria companhias de grande porte com perfil exportador, são os que se mostram menos propensos a adquirir novas máquinas porque o mercado externo continua pouco ativo.
“No Brasil, ao contrário, os indícios são de recuperação, uma vez que indústrias de alguns segmentos, entre os quais o automobilístico, e principalmente as de pequeno e médio porte que destinam a sua produção ao mercado interno, estão voltando a trabalhar com 80% a 90% da capacidade e a investir na otimização de seus parques. É para esses nichos que iremos direcionar maior atenção nos próximos meses”, conclui Alcino Bastos, gerente geral da Okuma.
A reação
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Tapmatic, fabricante de produtos químicos para manutenção e produção industrial esteve presente em todas edições da FEIMAFE. Jan Strebinger, diretor da empresa, acredita que colheram bons frutos na feira, e, apesar da menor frequência no estande, muita gente interessante passou por lá.
Alex Robi, da
Cosa Intermáquinas, concorda com a visão de Jan. Ele estima que a visitação no estande tenha caído em torno de 20%, mas em compensação o volume de negócios cresceu 40% em relação ao resto do ano. “Vendemos 22 máquinas, a maior parte centros de usinagem e tornos CNC. A nossa expectativa é que no pós-feira o mercado continue reagindo e que cheguemos a 50 máquinas vendidas” estima.
Aldo Ronco, da
Powermaq recebeu 80 pedidos de máquinas, que representam 1 milhão e 200 mil reais. Para ele até a segunda-feira foi atípica, com muito movimento, e com o pós-feira a empresa espera que os pedidos cheguem a um total de 100 máquinas, incluindo as de porte pequeno.
Paulo Lerner, diretor comercial da Bener, também se impressionou com os clientes da feira, mais objetivos e focados. A empresa conseguiu resultados acima dos esperados assim como a
Cimhsa, que segundo Vinícius Cordeiro, do setor de vendas, vendeu 50 máquinas no evento.
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Atlas Máquinas vendeu cerca de 35 máquinas que segundo Tadeu Robert, diretor comercial da empresa, somam 3 milhões e 300 mil reais. “O empresário está saindo da crise e a esperança é que a FEIMAFE seja um divisor de águas - a retomada se faz presente” afirma.
Vinícius, da Cimhsa também percebeu uma retomada na feira. É possível que o fenômeno seja passageiro, mas como ele próprio diz, é preciso pensar positivo.
Já João, da Meggaton acredita que apesar dos bons negócios realizados, os resultados não foram como nas feiras passadas. Mesmo assim, a empresa tinha vendido 800 mil reais até sexta-feira.
A feira como investimento
A Tapmatic participa da FEIMAFE e da Mecânica e acredita que a aplicação em publicidade traz bons resultados.
A Cihmsa, que este ano aumentou seu estande, também está investindo em várias áreas, e um dos seus principais focos é o marketing. Além de publicar anúncios em diversos meios de informação, a empresa está reafirmando sua participação em feiras, que representam o investimento mais pesado na área.
Hermes, da Romi acredita que a presença na feira tem como objetivo preservar a imagem de liderança da empresa e demonstrar confiança no mercado. O estande da Romi era um dos maiores da feira, com mil metros quadrados.
A Grob, que também participou com um dos maiores estandes, é expositora desde as primeiras edições da feira e apesar de nunca fecharem negócios durante o evento, acreditam que o investimento vale muito a pena para fortalecer a marca, “tanto que aumentamos o estande esse ano” afirma Rogério, gerente de vendas da empresa.
A Meggaton manteve o espaço de seu estande do ano passado e defende que investir na feira sempre é uma boa decisão. "Quem não é visto não é lembrado" brinca o diretor da empresa.
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