Fotos: CIMM
A crise promoveu uma nova distribuição dos estandes da
FEIMAFE e a ausência de algumas empresas foi a oportunidade que outras estavam esperando para participar do evento. Esse é o caso da
Kuka, empresa alemã que primeira vez participa como expositora no evento. “Antes não participávamos porque não havia espaço na feira, mas estamos muito satisfeitos e a nossa intenção é estar presente na Mecânica também”, assegura Marcelo Nascimento, gerente técnico de vendas da empresa.
Ele explica que a capacidade dos robôs da Kuka vai de 5 kg a uma tonelada, sendo que o robô que trabalha com mil quilos é uma exclusividade da empresa, registrado até mesmo no Guinness Book.
No estande estão exposto dois robôs de solda, categoria, que, segundo Marcelo representa 50% do mercado de robótica atualmente. O modelo da Kuka utiliza um KCP que permite que dois ou mais robôs trabalhem em conjunto coordenados também com a mesa que sustenta a peça a ser soldada.
O produto é utilizado principalmente na área automobilística - sistemistas, auto-peças e metalurgia - para manipulação de carga, corte e fundição entre outras funções.
A Kuka, que está no Brasil há 12 anos, não tem nada a reclamar do mercado. “Ano passado tivemos o maior faturamento da nossa história” afirma Marcelo.
A Motoman, divisão de robótica da
Yaskawa, também bateu recorde de faturamento em 2008. “Vendemos 215 unidades ano passado”, comemora Nilson Modesto, engenheiro de aplicação da empresa.
A Motoman está presente em 15 estandes da FEIMAFE, mas o seu grande destaque é o robô humanóide SDA10D, que atrai pequenas multidões ao manusear garrafas PET com precisão no estande da própria Yaskawa.
Foto: FEIMAFE
Nilson acredita que muitas pessoas ainda acham que o robô vem para substituir o ser humano, mas que isso não é verdade. “O robô vem para trazer qualidade de vida, realizar tarefas insalubres como trabalhos em temperaturas extremas, dentro de câmaras frias, por exemplo, ou transportando cargas muito elevadas, que poderiam gerar lesões por esforço repetitivo” esclarece.
Um bom exemplo da aplicação de robôs para tarefas que não poderiam ser realizadas por seres humanos é a unidade que atua no Incor manipulando tubos de ensaio no laboratório. “Assim evita-se que o frasco receba calor das mãos de quem o manuseasse. Essa transferência de calor poderia influenciar no resultado do exame”, assegura Nilson. Além disso o trabalho com materiais contaminantes sempre gera risco para os profissionais envolvidos.
O modelo SDA10D possui dois braços muito flexíveis e é inédito no Brasil. Já foi exposto nos Estados Unidos, Japão e Europa, sendo que nos Estados Unidos e no Japão existem réplicas operando em fábricas atualmente.
A Motoman está otimista com os resultados da feira e foi consultada por possíveis compradores.
Robô envia email e mensagem SMS
Outra empresa do ramo da robótica que marca presença na FEIMAFE é a ABB. Charles Liu, gerente de service da divisão de robótica afirma que os robôs da empresa são de 15 a 30% mais rápidos devido ao processamento de dados mais eficiente.
“Não é só a questão da velocidade – argumenta Charles - outros modelos de robôs perdem exatidão no trabalho com a aceleração. Fazem um ligeiro arredondamento num canto que deveria ser quadrado, por exemplo. Nossas máquinas não fazem isso”
No Brasil os robôs da empresa são utilizados principalmente na indústria automotiva para pintura, envernizamento e flambagem dos veículos.
Outro destaque das máquinas da ABB é o Remote Service. Quando o robô percebe algum problema em seu funcionamento envia um email ou uma mensagem SMS para o técnico responsável ou a própria ABB comunicando o seu problema. “Os responsáveis são alertados antes do problema se apresentar e isso reduz o tempo entre o cliente perceber o problema, contatar a ABB e então solucionarmos o problema - garante Charles – a reposição de peças, por exemplo, se torna muito mais rápida e evita que a máquina fique parada”.
O robô IRB1600ID, exposto no estande da empresa, simula a soldagem a arco elétrico e permite maior flexibilidade de acesso à junta a ser soldada, aumentando a vida útil dos cabos da tocha.
Já no estande da
Trumpf, o TruLaser Robot realiza soldagem por fusão. “Um ressonador externo faz o laser ser levado até o robô através de cabos de fibra ótica” explica Anderson Ferreira, Assistente Técnico da empresa.
Foto: Trumpf
O robô é utilizado principalmente na indústria automobilística alemã. O investimento inicial é elevado, mas Anderson frisa que, além velocidade de produção ser grande, o custo com materiais adicionais, necessários em outros tipos de soldagem, é poupado.
“Também não existe a necessidade de retrabalho das peças” finaliza.
A primeira unidade do TrueLaser Robot foi vendida ano passado no Brasil e instalada esse ano numa empresa do ramo de embalagens.
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