Foto: Divulgação
O Brasil se tornou destino de metade dos investimentos da gigante americana Alcoa, de acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A maior produtora de alumínio do mundo conseguiu do banco de fomento um financiamento extra de quase um bilhão de reais para complementar os recursos necessários ao aumento da produção de bauxita e alumina no País. A empresa está investindo R$ 9,7 bilhões em dois projetos: um de exploração de bauxita no Pará e outro de processamento de alumina no Maranhão.
Com o empréstimo aprovado ontem, a Alcoa contará com um total de R$ 2 bilhões do banco de fomento para os dois projetos. O primeiro financiamento para os dois projetos foi firmado em 2007, no valor de R$ 1,15 bilhão. Mas o encarecimento do projeto forçou a Alcoa a procurar o BNDES novamente. "Revisaram os investimentos em função de aumento de custos", diz Rodrigo Mendes, gerente do departamento da indústria de base do banco.Dos R$ 950 milhões anunciados ontem pelo banco, R$ 750 milhões serão aplicados na implantação de um porto, uma ferrovia e uma rodovia para a logística da mina de bauxita localizada no município de Juruti, no Pará. A Alcoa planeja produzir 2,6 milhões de toneladas por ano, mas o potencial das reservas pode chegar a 12 milhões de toneladas anuais.
Outros R$ 200 milhões contribuirão para a instalação da segunda unidade da refinaria do Consórcio Alumar, formado pelas multinacionais Rio Tinto Alcan e BHP Billiton em parceria com a Alcoa, que a maior acionista. Com a nova unidade, a produção da matéria-prima do alumínio vai mais que dobrar, de 1,4 milhão para 3,5 milhões de toneladas por ano.
Estão previstos ainda, segundo o BNDES, investimentos na expansão do terminal portuário, também localizado em São Luís. "Até o final do ano passado, o projeto de Juruti já havia gerado cerca de 8,3 mil empregos indiretos e 300 diretos, sem considerar os empregos criados por conta do projeto na região. Já a implantação do projeto do Alumar é responsável pela criação de 13 mil empregos diretos e indiretos", informou o BNDES em comunicado.
O banco informa ainda que o terminal portuário de Juruti terá capacidade para acomodar navios de 75 mil toneladas e será constituído de um cais para o escoamento de bauxita e um terminal de carga geral. A ferrovia tem 55 km de extensão e vai operar com duas locomotivas e 58 vagões. A rodovia, também com 55 km de extensão.
Já a unidade 2 da refinaria do Alumar contará, entre outros equipamentos, com dois conjuntos de moinhos, 18 tanques precipitadores, três calcinadores e duas caldeiras com capacidade para 280 toneladas por hora cada. O projeto Alumar inclui ainda investimentos no terminal portuário, com a construção de um novo descarregador de navios, atrelado ao aumento do cais e da área de estocagem de alumina e matérias-primas.
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