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A Nardini, uma das líderes do segmento de máquinas-ferramenta no Brasil, que sofreu forte reestruturação em 2007, descarta demissões, contrariando a política que vem sendo adotada por empresas do setor. Renato Franchi, atual presidente da empresa, disse que a Nardini é hoje a segunda maior geradora de empregos na cidade de Americana (SP), depois da Goodyear. "A política da empresa é de valorização e respeito aos funcionários e o corte de pessoal será a última opção para enfrentar a crise", afirmou Franchi.
Ao contrário do que vem ocorrendo em vários setores da economia, Franchi destacou que a crise está sendo boa para ajustar o mercado de bens de capital do país, já que o dólar alto reduziu a entrada de máquinas importadas no mercado brasileiro, com destaque para os produtos chineses. "No nosso setor tivemos de enfrentar a concorrência de 32 importadoras, grandes compradoras de produtos chineses, muitas vezes de qualidade inferior aos nossos."
Com 1.100 empregados, a Nardini, fabricante de tornos, fresadoras de médio e grande portes, eletrônicos (CNC) e convencionais, além de máquinas injetoras de plástico de alta tecnologia, fabricadas pela Sandretto , adquirida em 2007, continua operando a todo vapor para atender a demanda.
O ano de 2008 foi excelente para a empresa e para a Sandretto, segundo o executivo que toca a empresa. "No ano passado, a produção de máquinas cresceu 20%, superando a marca das 2 mil máquinas/ano. No período, a empresa faturou R$ 200 milhões." Para 2009, Franchi estima um volume de produção igual ao de 2008 ou um pequeno crescimento na faixa de 4% por conta da demanda do governo. "Antes da crise trabalhávamos com uma taxa de crescimento de 14% para 2009."
Este ano, a Nardini já conta com uma carteira de encomendas garantida até abril. A maioria desse portfólio é de máquinas compradas pelo governo para o Sistema S (Sesc, Senai, Senac, Sesi) ou para outras escolas públicas profissionalizantes que treinam mão-de-obra para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "O mercado de máquinas e equipamentos não parou de comprar no fim do ano passado, apenas reduziu o ritmo. Acredito que a partir do segundo trimestre a economia vai melhorar. Esta expectativa é que não nos leva a demitir. Estamos cortando outros custos e mantendo nossos funcionários, cuja produtividade melhorou muito nos últimos três meses", disse Franchi.
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