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Foto: Abimei
Apesar do clima apreensivo causado pela crise financeira internacional, a Fagor Automation, fabricante de CNC, encerrou 2008 com saldo bastante positivo: 5% de crescimento no mercado mundial, faturamento de € 73 milhões e três novos escritórios – Bangalore, na Índia; Moscou, na Rússia; e Houston, nos Estados Unidos.
Daniel Dias de Carvalho, sócio-gerente da filial brasileira, afirma que os novos escritórios foram abertos para intensificar a presença da companhia em mercados que estão em expansão. “A Índia e a Rússia são regiões em crescimento, importantes para a Fagor. Fazia parte do nosso plano de desenvolvimento abrir filiais nestes lugares”, explica Carvalho.
Já a unidade dos Estados Unidos veio suprir uma demanda diferente. “É a nossa quarta filial no país”, afirma o executivo. Segundo ele, o novo escritório deve confirmar a presença da empresa no mercado norte americano, um dos principais para a Fagor Automation.
A companhia conta agora com 29 unidades e cerca de 40 distribuidores ao redor do mundo. As vendas do mercado sulamericano estão apoiadas na filial brasileira, única da região. “Este é um mercado muito importante para a Fagor. Pelo segundo ano consecutivo nós tivemos o segundo maior volume de vendas de todos os escritórios do mundo”, comemora Carvalho. Prova disso é o crescimento das vendas da empresa na região que, em 2008, mesmo com o impacto da crise financeira nos últimos meses, superaram em 15% o volume do ano anterior.
“Sustentamos esta estrutura mantendo um grande estoque no Brasil, capaz de atender prontamente este mercado”, explica o executivo. Para este ano, a empresa planeja uma estratégia menos expansiva, já que está presente agora em todos os mercados que tinha traçado prioritariamente. “Acredito que pelos menos por uns dois anos não abriremos escritórios em outros países. Mesmo assim, a Fagor está atenta ao crescimento da demanda e pode fortalecer os mercados em que já estamos com mais unidades”, considera.
No Brasil, o executivo se prepara para um resultado menos otimista do que o obtido em 2008. A previsão é de um primeiro trimestre difícil, seguido do início da recuperação do mercado. “Estamos esperando um volume de vendas 20% menor que em 2008”, prevê Carvalho. Mesmo com o comércio de máquinas novas em ritmo lento, ele espera manter o faturamento com a ajuda do mercado de equipamentos usados, já presentes no parque industrial e que se atualizam constantemente.
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