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Foto: Divulgação
No início de novembro foi inaugurado oficialmente o Comitê Brasileiro de Normas Técnicas para Ferramentas Manuais e Usinagem (ABNT/CB60) dentro do Sinafer (Sindicato da Indústria de Artefatos de Ferro, Metais e Ferramentas em Geral no Estado de São Paulo) e realizada a primeira reunião dos dois grupos de trabalho que o compõem: a Comissão de Estudos de Ferramentas Manuais e Dispositivos (CE:60.000.01) e a Comissão de Estudos de Usinagem (CE:60.000.02). A iniciativa permitirá maior agilidade para criação de normas para esses dois segmentos específicos, atendendo principalmente ao anseio dos fabricantes para igualar as condições de competição com os concorrentes internacionais.
“A idéia de criar esse Comitê surgiu em 2005, motivada pelas importações irregulares e sem controle de ferramentas e produtos usinados. Esses assuntos eram tratados dentro da Câmara Setorial dos Fabricantes de Ferramentas da ABIMAQ, mas havia o desejo de levá-los para o Sinafer, para agilizar o processo e envolver o maior número possível de fabricantes nacionais nesse trabalho”, explica José Rocha Lopes, diretor de Marketing da CooperTools e coordenador da Comissão de Estudos de Ferramentas Manuais e Dispositivos.
De acordo com o executivo, também serão convidados para compor as Comissões de Estudos do CB60 os consumidores de ferramentas e de produtos usinados, entre os quais se incluem as indústrias automotivas, aeronáuticas, petrolíferas, entre outras, e as universidades, escolas técnicas e instituições como o INMETRO e Sebrae. “Estamos otimistas porque já conseguimos formar a base, contando com o apoio e reconhecimento da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e do INMETRO”, completa Rocha.
Na avaliação de José Duílio Justi, presidente do Sinafer, a iniciativa é importante não apenas para a criação de novas normas, como também para revisão das já existentes. “Nos setores de ferramentas e usinagem há normas que somam mais de 27 anos e que precisam ser revistas, atualizadas, ou até mesmo excluídas”, destaca. Segundo Justi, é um processo que deve ser feito de forma contínua, acompanhando a evolução tecnológica. “Além disso – ressalta - as normas técnicas são importantes porque servem de parâmetro para que os fabricantes possam desenvolver produtos e processos industriais que garantam a sua qualidade e segurança para o consumidor final. É também uma forma de impedir a entrada de produtos no país que não estejam em conformidade com as normas brasileiras, impingindo aos concorrentes estrangeiros o mesmo tratamento oferecido aos fabricantes nacionais no exterior”, completa Justi.
O CB60 terá como gestor o secretário do Sinafer, Carlos Martins que trabalha há mais de 18 anos com as questões inerentes à normalização. “A maioria das indústrias de ferramentas estão no estado de São Paulo, mas há também um número expressivo de empresas no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Vamos procurar fazer algo itinerante, ou seja, realizar reuniões alternadas nesses e demais estados, no sentido de facilitar a participação dos representantes de todas as partes envolvidas”, explica Martins.
A inauguração oficial do CB60 contou com a presença de Rodrigo Sansivieri Canosa, coordenador da ABNT, que salientou a necessidade da participação intensa das três partes envolvidas no processo – indústrias, consumidores e neutros (entidades, instituições de ensino, etc) – para que sejam criadas normas a partir de um consenso, de forma que sejam respeitadas e adotadas de fato.
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