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Fonte - Valor Econômico - 17/10/2008
Na busca por novos materiais renováveis e recicláveis, a fabricante de embalagens
"Estamos pesquisando as opções do polietileno verde que será feito com cana-de-açúcar no Brasil", disse o vice-presidente executivo de desenvolvimento e engenharia da Tetra Pak, Michael Grosse. "A boa coisa é que o polietileno verde do Brasil não compete com a produção de alimentos." A aposta da Tetra Pak no plástico verde é o primeiro anúncio de interesse de uma grande consumidora mundial deste tipo de resina que até hoje é fabricado na forma convencional a partir de combustíveis fósseis, como petróleo e gás. A empresa de capital sueco tem o Brasil como seu segundo maior mercado para suas embalagens, com quase 9 bilhões de unidades consumidas no último ano, atrás apenas da China.
Segundo apurou o Valor, a Tetra Pak já teve conversas com executivos da petroquímica
Na cidade italiana de Modena, que fica entre Bolonha e Milão, a Tetra Pak possui seu segundo maior centro de pesquisa e desenvolvimento no mundo - local onde avalia as diferentes alternativas que irão embalar produtos como sucos, leite, sopas e alimentos líquidos ou semi-líquidos. Segundo Grosse, a Tetra Pak tem planos de lançar 25 inovações nos próximos cinco anos. Isso inclui novas embalagens, formatos, tampas e apelos visuais. No início desta semana, a empresa anunciou investimento de 15 milhões na fábrica italiana, com o objetivo de elevar a capacidade e aumentar suas instalações administrativas. A empresa empregará 700 pessoas a partir de 2010, 80 pessoas a mais do que hoje, disse Ivano Selmi, vice-presidente da empresa e responsável pela unidade italiana.
A fabricante sueca concentra também na subsidiária italiana suas pesquisas sobre as novas tendências de consumo, com o foco no gerenciamento de categorias de produtos e pesquisas sobre o comportamento do consumidor. Geralmente, são "importados" consumidores do mundo inteiro para identificar como agem na hora da decisão de compra de um determinado produto. Desta forma, a Tetra Pak, ao observar a dificuldade de consumidores carregarem uma caixa com 12 litros de leite, já conseguiu encontrar outras formatos para suas embalagens secundárias para facilitar o manuseio. Os países emergentes, como China, Brasil e Índia, são os mercados que a companhia espera tirar maior vantagem no crescimento - fundamentalmente em razão de as embalagens se adaptarem bem em ambientes mais quentes e úmidos, esticando o prazo de validade dos produtos.
Mesmo sob efeito da situação econômica adversa, a expectativa é que esses países cresçam dois dígitos, acima da média de 6,5% projetada para 2007-2011. "Investimos 30 milhões no Brasil. E vamos continuar expandindo ainda mais a nossa capacidade de produção", afirmou Grosse. O investimento, anunciado em junho para a fábrica de Monte Mor (SP), inclui a instalação de dois novos equipamentos - uma impressora e uma laminadora. Com esses equipamentos, a capacidade de produção da fábrica aumentará 25% até 2009.
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