Fonte: Estadão - 20/10/08
A China vai desacelerar em razão da crise financeira global, mas deverá ser o único país de peso a apresentar um crescimento expressivo em 2009. A maioria dos analistas espera que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) fique em torno de 8% no próximo ano, o que é bastante inferior aos 12% do ano passado, mas não significa uma retração dramática da atividade econômica.
Duas razões explicam a expectativa de que a China navegará relativamente bem em meio à tormenta global. A primeira é que o país é menos dependente das exportações para crescer do que muitos supõem. A outra é a quase certa adoção pelo governo de um pacote de estímulo fiscal, a exemplo do que ocorreu na crise asiática de 1997.
No período de 1998 a 2000, as autoridades de Pequim promoveram investimentos de US$ 182 bilhões em 6.620 projetos de infra-estrutura, que incluíram a construção de 174 mil quilômetros de estradas e 35 novos aeroportos, segundo Stephen Green, economista-chefe do Standard Chartered.
A situação fiscal do governo chinês hoje é melhor do que a 1998 e o baixo nível de endividamento público dá espaço para a emissão de títulos que financiem um novo "boom" de investimentos, afirmam os analistas.
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