A onda de preservação ao meio ambiente vem crescendo e se tornando mais forte a cada ano. Em 1996 foi aprovado em Genebra a ISO 14000, conjunto de normas que definem diretrizes para gestão ambiental com o objetivo de reduzir o impacto provocado pelas empresas. Este foi o marco de uma nova preocupação que passou a estar presente nas fábricas.
A partir do ano 2000, as normas passaram a ser difundidas no Brasil e hoje as empresas não são apenas avaliadas pela qualidade de seus produtos, mas também pela preocupação e comprometimento em poluir o mínimo possível. Os coletores de névoa surgiram com esta função.
Durante os processos de usinagem são usados óleos que acabam sendo expelidos pelas máquinas e jogados no ambiente da fábrica. Os coletores filtram todo o material e evitam que uma quantidade enorme de óleo seja expelida da máquina.
Os ganhos acabam indo muito além da preservação do meio ambiente. A empresa economiza o óleo, que pode ser reaproveitado, reduz gastos com a saúde dos funcionários, que chegam a correr o risco de desenvolver câncer após aspirar a pesada fumaça gerada no processo; mantém a fábrica limpa, o que preserva as máquinas, e ainda conserva uma imagem positiva no mercado.
Rogério Fuzaro, diretor geral da Bucci Industries, explica que atualmente as grandes empresas e as multinacionais exigem dos fornecedores os certificados de preservação do meio ambiente. “A adesão de um coletor de névoa é estimulada para que as médias empresas conquistem os grandes clientes, mas os benefícios gerados pelo equipamento após o uso acabam estimulando a empresa a manter”.
Para Eber Costa, gerente de vendas da Machsystem, o mercado para este tipo de produto está em plena expansão, com crescimento anual médio de 20%. Segundo ele, há dois mercados consumidores para os coletores de névoa. Tanto as máquinas novas como as usadas podem ter o equipamento instalado. Em ambos os casos, a adaptação custa de R$ 6 mil a R$ 60 mil, “mas não deixa de ser uma opção interessante”, diz ele.
Um exaustor de névoa de boa qualidade pode compensar o investimento, filtrando mais de 99% da fumaça gerada na fábrica. Mas Fuzaro alerta que nem sempre o produto corresponde às expectativas “Há empresas que comercializam coletores que não fazem um trabalho eficiente e o cliente acaba se decepcionando com o produto”. Já quando a compra é feita de uma empresa de confiança, a aprovação do cliente é imediata. “O coletor deixa de ser encarado como um custo e oferece retorno imediato para a fábrica”, conclui Eber Costa.
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