O interesse em transformar o etanol em commodity está sendo cada vez mais discutido pelo mercado. De acordo com Alexandre Strapasson, diretor do Departamento de cana-de-açúcar e agroenergia, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a safra está em sintonia com a demanda por combustível. Somente para este ano, estima-se que as exportações nacionais ultrapassem o volume de 4,5 a 5 bilhões de litros.
O aumento da oferta aliado aos preços razoavelmente baixos, segundo Strapasson, atrai o consumidor final, o que mostra que o mercado doméstico está em constante ascensão. Em março, Brasil e Estados Unidos já haviam feito um acordo para incentivar a produção de biocombustíveis. Na ocasião, já se discutia o estabelecimento de normas mundiais para que produtos como o etanol pudessem ser comercializados no mercado internacional.
"Percebemos uma receptividade muito grande por parte de alguns países que querem adotar a tecnologia brasileira", afirmou o diretor. Segundo ele, a transformação do etanol em commodity beneficiaria o País no quesito nacional e internacional, já que geraria empregos de forma acentuada e desenvolvimento tecnológico de produtos com maior valor agregado.
Alexandre esclarece que ainda prevalece o mercado à vista, embora exista a tendência de crescimento para os mercados futuros. Strapasson destaca que o etanol enfrenta grandes desafios no cenário internacional, mas a expectativa é de que os volumes aumentem, apesar das altas barreiras tarifárias, especialmente nos Estados Unidos e União Européia, principais parceiros do Brasil.
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