Perto de atingir a marca de 6 milhões de unidades vendidas, o equivalente a mais de 20% da frota de automóveis e comerciais leves, os carros flex transformaram a matriz energética do país, fazendo com que a energia produzida a partir da cana-de-açúcar superasse a tradicional energia hidráulica e a eletricidade. A tecnologia nacional tem atraído interesses internacionais, apesar dos recentes ataques ao biocombustível.
A General Motors tem nove engenheiros brasileiros trabalhando na matriz, nos Estados Unidos, no aperfeiçoamento dos veículos flexíveis locais. Em sua recente passagem pelo Brasil, a chanceler alemã, Angela Merkel, admitiu a possibilidade de ter carros a etanol na Alemanha. França e Suécia já produzem automóveis com motores importados da filial fluminense da PSA Peugeot Citroën.
O Brasil é o único país onde os carros rodam com 100% de álcool, além de ter 25% do produto adicionado à gasolina. Nos EUA e na Europa, os carros denominados flex utilizam 15% de gasolina e 85% de etanol, proveniente do milho, beterraba e grãos. Outros países adicionam à gasolina entre 3% a 20% de etanol para reduzir a emissão de poluentes e a dependência do petróleo.
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