“Não existe país desenvolvido sem uma indústria de bens de capital forte”, diz Luciano Coutinho
Em visita à 27ª Feira Internacional da Mecânica, maior evento do setor de máquinas e equipamentos do Hemisfério Sul, o presidente do BNDES Luciano Coutinho falou sobre as expectativas em torno da Política de Desenvolvimento Produtivo para a indústria de bens de capital. “A nova política tem coerência e consistência porque focou com clareza seu principal objetivo, que é subir a taxa de poupança agregada do Brasil para 21% em 2010. Mas, mais que isso, interessa crescer com inovação, com máquinas e equipamentos mais sofisticados que contribuam para a produtividade do país. Não existe país desenvolvido sem uma indústria de bens de capital forte”, diz Coutinho.
O presidente do BNDES afirmou que a política industrial anunciada pelo governo federal no início da semana é um processo e que o governo está se esforçando para implementá-la da melhor forma possível. Ele comentou alguns pontos da nova política que considera importantes para o setor, entre os quais a elevação do prazo de financiamento do BNDES de cinco para dez anos, a depreciação acelerada (com destaque para a super rápida, voltada apenas para bens de capital), a desoneração tributária de R$ 21,4 bilhões até 2011, e o incentivo ao investimento em inovação tecnológica.
“Essa feira nos enche de alegria. Vi aqui pequenas e grandes empresas lado a lado num evento que reúne projetos inovadores e verifiquei que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, elas sobreviveram para participar desse momento positivo da economia brasileira”, declarou Luciano Coutinho em pronunciamento a uma platéia de empresários.
Recebido pelo presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo De Vera, e pelo presidente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, Coutinho ainda sustentou ser fundamental a produtividade sustentável para melhorar a distribuição de renda no Brasil e evitar inflação. O compromisso do BNDES é colocar os novos prazos de financiamento em operação em 45 dias. O banco participa da feira com linhas de financiamento, entre elas o Finame, para a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, que já desembolsou cerca de R$ 4,3 bilhões no primeiro trimestre de 2008.
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