O Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec) está estudando, em parceria com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), o uso de modelos digitais para o levantamento topográfico de oleodutos no estado de São Paulo.
O projeto faz parte de um estudo amplo do Cenpes que irá avaliar diferentes tecnologias, como imagens de satélites, dados de radar, câmera digital métrica e sistema Laser para geração de modelos de terreno, a fim de definir quais são as mais viáveis para cada situação.
Técnicos do Departamento de Recursos Ambientais do Lactec ãoparticipar, durante seis meses, dos estudos integrados que devem otimizar os custos da aplicação de tecnologias digitais.
Com o uso de laser e satélites, o instituto recolherá e avaliará dados em uma área de difícil medição. O Lactec é o único instituto de pesquisa do Brasil que faz esse serviço. As outras duas empresas que dispõem da tecnologia são comerciais.
De acordo com o diretor-superintendente do Lactec, Aldair Rizzi, essa é mais uma oportunidade para que o instituto mostre a sua capacidade técnica em grandes projetos nacionais. “O Lactec demonstra que tem o objetivo de contribuir diretamente com o desenvolvimento tecnológico e econômico do país”, afirma.
Rizzi destaca a integração entre os institutos de tecnologia como um dos pontos mais relevantes da parceria. “O Cenpes é um dos mais importantes do país e como qualquer centro de pesquisa ele não dispõe de todas as especialidades necessárias ao desenvolvimento de um projeto principal”, explica.
O diretor lembra que o Lactec está diretamente integrado aos principais institutos do país. “Nós estamos atingindo o que sempre foi uma orientação do Governo do Paraná, uma integração maior para auxiliar no desenvolvimento da pesquisa no Brasil. Estamos prestando serviços que são fundamentais e ao mesmo tempo nos integrando à rede de pesquisa com universidades e outros institutos de tecnologia”, disse Rizzi.
Mapeamento
A área que será mapeada compreende um terreno de 56 quilômetros quadrados entre os municípios de Cubatão e São Sebastião, no litoral de São Paulo. Serão avaliadas diferentes tecnologias, como imagens de satélites, dados de radar, fotografias métricas digitais e dados de laser. Para isso, os pesquisadores do Lactec usarão a escala de aplicação para cada um dos tipos do sensor.
Esse tipo de serviço é feito em áreas urbanas e regiões de florestas e exige tecnologia avançada. Áreas de mineração, de empresas como a Vale do Rio Doce, também contaram com a participação de pesquisas do instituto. O Lactec já participou de projetos como o mapeamento de reservatórios de usinas hidrelétricas da Copel e de linhas de transmissão de várias empresas de energia elétrica em todo o Brasil.
De acordo com a pesquisadora do Departamento de Recursos Ambientais do Lactec, Daniele Felix, a área definida para o levantamento possui vegetação muito densa e com relevo bastante acidentado. Neste caso, o aparelho de laser (Tecnologia Lidar) emitirá sinais para apurar a posição tridimensional de cada ponto do terreno. “O sistema a laser emite 50 mil feixes por segundo, o que representa um número muito denso de pontos. Com esse total é possível modelar o terreno, usando como referência até cinco pontos por metro quadrado”, diz.
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