Embraer e Bombardier, após anos de confronto por causa de subsídios para desenvolver seus jatos regionais, podem se unir agora no combate contra um futuro concorrente: o Japão.
Frederico Fleury Curado, presidente da empresa brasileira, e Steve Ridolfi, presidente de jatos regionais da companhia canadense, manifestaram ontem em Genebra a preocupação com supostos subsídios que o governo japonês estaria concedendo para a Mitsubishi desenvolver um aparelho de 95 assentos que quer lançar no mercado em 2012.
Curado disse se basear até agora em noticias publicadas nos jornais, de que o Japão estaria entrando com US$ 1 bilhão, ou seja, bancando dois terços do projeto. O executivo já conversou com o governo brasileiro.
A China também produz um jato regional, mas não está claro as condições de subsídios. A Rússia é outro concorrente, no entanto, Moscou não faz parte da Organização Mundial do Comércio (OMC) e o ataque contra eventuais subsídios se complica.
O representante canadense, por sua vez, admitiu que se o Japão de fato der subsídios, o caso deve acabar na OMC. Para ele, será mais simples pelo fato da Bombardier e Embraer estarem lado a lado, porque as companhias apoiaram acordo para controlar os subsídios no âmbito da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Em Genebra, Curado negou acordo da Embraer com a empresa indiana Tata. E deixou claro que até agora não há sequer negociação com o governo da Argentina para produzir o jato para a presidência da República, mas que gostará da encomenda se ela se concretizar.
Gostou? Então compartilhe:
Últimas notícias de Mercado