Doze instituições de ensino e pesquisa paranaenses assinaram nesta terça-feira (25), na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em Curitiba, convênio para realização do primeiro mestrado em Bioenergia do Paraná. O curso, que funcionará no Parque Tecnológico de Itaipu e terá 40 vagas, abrange toda a cadeia de produção de biocombustíveis. O projeto pedagógico segue agora para avaliação da Capes, do Ministério da Educação.
“O curso é de grande importância para o Paraná e para as nossas instituições de ensino superior”, disse a secretária de Estado Lygia Pupatto, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, durante a assinatura do convênio.
São seis as linhas de pesquisas do curso: tecnologias de produção de matérias primas para biocombustíveis; desenvolvimento de processos para produção de biocombustíveis; desenvolvimento de novas tecnologias para valorização e uso de co-produtos; caracterização e controle de qualidade de matérias primas, biocombustíveis e co-produtos; uso de biocombustíveis; e estudos ambientais, técnico-econômicos e sócio-econômicos na cadeia produtiva de biocombustíveis e co-produtos.
A competência paranaense na área da Bioenergia é um dos principais motivos apontados pelas instituições para criação do novo mestrado. O estudo de viabilidade do curso aponta que “existe no Estado uma diversidade de fontes energéticas primárias não renováveis e renováveis, entre as quais as reservas de xisto betuminoso, recursos hidráulicos, gás natural, biomassa e seus resíduos”.
Na região Noroeste e Norte do Paraná já se produz, em grande escala, o etanol da cana de açúcar. Na região Oeste e Sudoeste do Paraná, os resíduos animais são tratados em biodigestores e geram biogás, que vem sendo utilizado pelos agricultores como fonte de energia. Além disso, há projetos de instalação de unidades de produção de biodiesel em todo o Estado. Para atender a essa demanda, o governo estadual criou, em 2003, o Programa Paranaense de Bioenergia, que tem como objetivo fomentar ações de pesquisa e desenvolvimento na área e produzir biocombustível a partir de várias matérias primas.
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi a primeira a produzir biodiesel com tecnologia própria. O Instituto de Tecnologia do Paraná sedia o Centro Brasileiro de Referência em Biocombustíveis. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Embrapa atuam em parceria na área de desenvolvimento de matérias primas.
As universidades estaduais de Londrina, Maringá, do Centro Oeste e do Oeste têm laboratórios de controle de qualidade de combustíveis associados às companhias de distribuição de energia.
O Centro de Pesquisas da Petrobrás transformou os laboratórios da usina de São Mateus do Sul em plantas-piloto para a produção e análise de combustível
A Unioeste e algumas cooperativas agroindustriais da região e a Itaipu Binacional vêm trabalhando na obtenção do biogás.
A Fundação Assis Gurgacz realiza ensaios com biodiesel em máquinas agrícolas no campo. Além disso, todas as instituições de ensino e pesquisa que assinaram o convênio têm cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de engenharia e ciências agrárias, bem como grupos de pesquisa que trabalham com biocombustíveis.
As instituições que compõem a rede para criação do mestrado são: Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/PR); Fundação Assis Gurgacz (FAG); Instituto Agronômico do Paraná (Iapar); Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec); Universidade Estadual de Londrina (UEL); Universidade Estadual de Maringá (UEM); Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG); Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (Unicentro); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste); Universidade Federal do Paraná (UFPR); e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
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