A siderúrgica Nippon Steel, líder do setor no Japão e segunda maior do mundo, vai assumir a construção de uma fábrica no Brasil em parceria com a Usiminas para produzir aço, segundo publica nesta terça-feira o jornal econômico "Nikkei". A Nippon Steel, por meio de sua controlada Nippon Usiminas, é a maior acionista da companhia brasileira, com 24,7% de participação no capital.
Com investimento entre US$ 4,957 e US$ 5,946 bilhões, a terceira maior siderúrgica do mundo seria instalada em Cubatão (São Paulo), de acordo com a publicação.
Um porta-voz da empresa japonesa, porém, disse ao jornal que a informação é incorreta e destacou que o grupo não tem planos de construir no país. No Brasil, nenhum representante da Usiminas localizado comenta ou confirma a notícia.
Segundo o jornal, a nova fábrica daria à Nippon Steel uma capacidade de produção global e melhoraria sua situação competitiva em relação a sua principal rival no setor, a siderúrgica ArcelorMittal, que tem investido fortemente na Ásia.
A parceria entre a Nippon Steel e a Usiminas colocaria cerca de US$ 2,977 bilhões na construção de um primeiro alto forno, capaz de produzir três milhões de toneladas de aço.
Estaria previsto ainda que por volta de 2010 seja construído um segundo forno que consiga dobrar a produção da companhia conjunta, o que supõe um custo total de entre US$ 4,957 e US$ 5,946 bilhões.
A imprensa japonesa afirma que o projeto visa uma produção anual de 6 milhões de toneladas até 2015, envolvendo todas as etapas do processo, do ferro ao aço.
O plano prevê ainda a utilização da estrutura da Usiminas para exportar o aço para os mercados de América Latina e Ásia.
Além disso, deverá ser enviado material inacabado aos Estados Unidos e Europa, onde será utilizado principalmente para a construção de automóveis. A Nippon Steel é aliada da ArcelorMittal na venda de aço para os grandes fabricantes mundiais de carros. No entanto, as duas companhias concorrem no resto dos mercados do aço.
A Usiminas se tornou, em dezembro do ano passdado, a primeira empresa siderúrgica brasileira a receber o grau de investimento pela agência de classificação Moody's. A companhia já era grau de investimento pela Standard & Poor's e pela Fitch.
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