Figura: Tokoro Yukiyoshi
O mercado de créditos de carbono do país movimentou no ano passado por volta de R$ 1 bilhão. Essa é a estimativa dos organizadores de feira sobre o tema que será realizada em São Paulo.
Segundo o Ibraexpo (Instituto Brasileiro de Feiras de Negócios), que organiza o evento, estudos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) indicam que, até 2012, quando termina o atual período do Protocolo de Kyoto, há potencial para US$ 1,2 bilhão (pouco mais de R$ 2 bilhões) por ano.
Os créditos de carbono são certificados emitidos quando ocorre a redução de emissão dos gases poluentes do efeito estufa, apontados como os responsáveis pelo aquecimento global. Uma tonelada de CO2 (dióxido de carbono) corresponde a um crédito, que pode ser negociado internacionalmente.
Os países que assinaram o Protocolo de Kyoto se comprometeram com metas de redução de emissão dos gases de efeito estufa. Quando empresas não as cumprem, podem ir ao mercado e adquirir créditos equivalentes.
Responsável pelos estudos para a implantação do mercado de reduções de emissões, Virgilio Gibbon, coordenador da FGV Projetos, da Fundação Getulio Vargas, considera possível o Brasil movimentar R$ 1 bilhão por ano. Afirma, porém, ser difícil chegar a um número exato: "São todos negócios privados, fechados em balcão".
O objetivo da Carbono Zero, que será realizada simultaneamente à Feira Agroenergy em novembro, é transformar "os créditos de carbono -e o que representam como preocupações ambientais- em oportunidades de negócios", diz Fernando Lummertz, presidente do Ibraexpo. A expectativa é reunir 80 expositores e público de 10 mil pessoas.