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Fonte: Envolverde - 21/03/07
O Painel sobre Mudanças Climáticas (IPCC) calcula que recursos equivalentes a 0,6% do PIB mundial previsto para o ano de 2030 são necessários para se impedir que a temperatura média da Terra suba mais de 2º C. De acordo com o órgão da ONU, “há um grande potencial econômico para limitar as emissões de gases do efeito estufa em todos os setores nas próximas décadas, e até mesmo para reduzi-las abaixo dos níveis atuais", explica a minuta final do relatório do III Grupo de Trabalho do IPCC.
O documento diz que, para reverter a tendência atual de aquecimento do planeta, é necessário que adotem atitudes efetivas em um curto prazo. "As medidas que serão tomadas para atenuar o aquecimento do planeta nos próximos 30 anos determinarão até que ponto a temperatura média do globo aumentará e as conseqüências ambientais deste aumento", afirma o relatório, segundo a agência de notícias Kyodo.
A previsão dos cientistas é de que as emissões de CO2 causadas pela ação humana aumentarão entre 40% e 110% até o ano de 2030 – principalmente nos países em desenvolvimento. Para se evitar que esse acúmulo de gases continue provocando o aquecimento da Terra, seria necessário um investimento relativo a 0,6% do PIB mundial esperado para 2030.
Segundo o relatório, esse custo faria com que a temperatura do planeta deixasse de aumentar até 3º C em relação ao período da Revolução Industrial (século XIX) – o que já inclui a elevação de 0,7º C registrados até o momento. No entanto, para se evitar que a temperatura suba mais dois graus, menos de 0,1% da média anual do PIB mundial é suficiente.
O IPCC é a mais alta autoridade científica do mundo sobre aquecimento global. A entidade reúne centenas de cientistas atmosféricos, oceanógrafos, especialistas em gelo, economistas, sociólogos e outros especialistas que avaliam e resumem os principais dados sobre mudanças climáticas. Durante a sua história, o IPCC publicou apenas quatro "relatórios de avaliação". O ultimo deles foi publicado em 02 de fevereiro de 2007 e apresentou comprovação científica de que a ação do homem interfere diretamente no equilíbrio climático do planeta.
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