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A iniciativa do Labeletron faz parte do Programa Prioritário HardwareBR do Ministério da Ciência e Tecnologia/SEPIN. O projeto tem duração prevista de um ano. No fim de janeiro, o laboratório encerrou o estágio das pesquisas com as empresas e tecnologia existente. Uma das 17 indústrias que participaram foi a Floripa Tecnologia. De acordo com o engenheiro eletricista da empresa Igor Vazzoler, a reunião com o Labelectron foi importante por esclarecer especificações técnicas de solda, produtos e certificação. “Acredito que a maioria não sabia dessa nova regulamentação internacional”, comenta.
Um outro desafio é manter uma linha de produção de qualidade. “No Brasil é complicado a terceirização de placas, já tivemos vários problemas com peças invertidas e mal contato, por exemplo, isso atrasa o prazo da entrega do produto”, lembra o engenheiro Iuri Barane, da Floripa Tecnologia. O seu mercado é direcionado para produtoras e emissoras nacionais - como 4S, Datasink e Globo -, além de exportação para Argentina e China.
Antes de investir na nova tecnologia, a empresa espera um retorno dos resultados do projeto para decidir se vai investir ou não no Lead-Free. “O procedimento vai encarecer a produção, é necessário garantir um mercado exterior, pois aqui poucos ou ninguém conhece essa tecnologia e não existe demanda interna”, explica o engenheiro da Floripa Tecnologia Eduardo Cunha.
O mercado de Santa Catarina tem faturamento estimado em R$100 milhões no setor, com a produção de 10 mil placas/mês. No estado as empresas estão em Blumenau, Joinville e nos Arranjos Produtivos Locais (APL) da Grande Florianópolis. Do total, 21% já planejam iniciar a produção Lead-Free e 7% já detêm a tecnologia. “Com essa nova aplicação, o custo de cada placa aumenta entre 5 e 10% para a indústria, mas a garantia da qualidade e da aceitação é compensadora”, alerta Alves. (Entenda o processo produtivo na Figura 2.)
A Associação Brasileira da Indústria Eletroeletrônica (ABINEE) calcula que 10% das exportações das indústrias de automação industrial, informática e telecomunicações da região Sul serão prejudicadas com os novos certificados internacionais de chumbo, o que representa R$ 250 milhões de prejuízo.
Marianna Wachelke
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