Depois de obter bons resultados de vendas e crescimento em 2007, as duas montadoras instaladas no Paraná, Renault e Volkswagen, estão desenvolvendo estratégias para tentar manter o mesmo desempenho neste ano.
A montadora francesa bateu o seu recorde histórico de vendas anuais, com 73.875 unidades comercializadas, um volume 43% superior ao obtido em 2006. Já a alemã teve um crescimento de 33% nas vendas no mercado interno.
Para 2008, as duas empresas não acreditam em um desempenho tão fabuloso e jogam com resultados mais modestos. A Volkswagen espera crescer 15% e a Renault, 20%.
Para o vice-presidente comercial da Renault do Brasil, Christian Pouillaude, o número que parece modesto em relação a 2007 é baseado em cautela.
“Nossa expectativa para 2007 era crescer 28% e crescemos 43%. Foi o melhor ano da Renault no Brasil. Se os juros continuarem baixando, acreditamos que o resultado também poderá ser positivo”, comentou.
Entre os planos da empresa está atingir uma produção de 100 mil unidades/ano. Além disso, a criação de um centro de engenharia para a América, semelhante ao que existe na Romênia.
A proposta desse centro, diz o executivo, é desenvolver projetos voltados para os clientes da América Latina. O modelo Sandero, lançado pela empresa no final de 2007, foi o primeiro carro em 110 anos de história da Renault feito fora da Europa.
“Foi um carro pensado no cliente do Brasil, que tem como perfil ser um cliente exigente, que quer um design diferenciado e no mesmo tempo, bom, bonito e barato”, diz Christian Pouillaude.
Entre as novidades anunciados pela Renault para o Brasil estão a importação dos modelos feitos na Europa da Grand Scénic e do Mégane cupê-conversível. O vice-presidente da marca não descartou o lançamento de um novo modelo, que deve ser apresentado até o final do ano, durante o Salão do Automóvel.
A Volkswagen também está comemorando os bons resultados de 2007. A empresa encerrou o ano com de 546 mil unidades de carros e comerciais leves entregues aos clientes - contra 409.832 de 2006.
Também, atingiu duas marcas históricas: produção de 17 milhões de veículos desde que está no Brasil e a produção de 5 milhões de unidades de um mesmo carro - o Gol.
Só a fábrica do Paraná fechou 2007 com uma produção de 206,6 mil veículos, 12,4% a mais que no ano anterior. Dessa produção, 69,4 mil veículos foram para os mercados da Europa, Argentina, México e Canadá. Atualmente, a unidade opera com a capacidade máxima e produz 820 carros por dia.
E assim como o grupo indiano Tata Motors, que lançou na semana passada o Tata Nano, o veículo mais barato do mundo, que custa US$ 2,5 mil, a Volkswagen também divulgou que planeja vender modelos com preços mais baixos.
Em um comunicado, a montadora alemã disse que deverá lançar nos próximos anos dois automóveis com os valores mais baixos já oferecidos pela empresa. Entre eles, uma versão do Polo, chamada de Polo IM, que será fabricado na Índia, e o UP!, o automóvel compacto apresentado na Feira do Automóvel de Frankfurt no ano passado.
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