A Usiminas (Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais), a segunda maior produtora de aço do Brasil, acaba de vender US$ 400 milhões em eurobônus no mercado internacional com prazo de vencimento em dez anos.
Essa é a segunda emissão de títulos de empresas brasileiras deste ano, logo após a Petrobras, que captou US$ 750 milhões também na semana passada. Segundo rumores do mercado, a Braskem também estaria avaliando aproveitar o momento e lançar papéis no mercado internacional.
Na semana passada, os governos da Colômbia, Turquia e México também emitiram títulos no exterior, além do Banco de Desenvolvimento da Coréia. Segundo investidores, o governo brasileiro não pretende fazer captações em dólares, pelo menos por enquanto, e estaria esperando um interesse maior por emissões em reais para lançar seus papéis.
Os títulos da Usiminas pagaram rendimento de 7,375% ao ano ao investidor ao preço de 99,127% do valor de face, segundo a "Bloomberg". Os papéis possuem uma opção de resgate antecipado pelo investidor a 101% do valor de face no caso de a empresa ser vendida a outro controlador e ter redução na sua classificação de risco de crédito, chamada em inglês de "poison put". O cupom (juro nominal) da operação é de 7,25% ao ano.
A Moody's deu para os títulos da Usiminas a nota de crédito "Baa3", o mais baixo degrau do grau de investimento, selo de investimento não-especulativo das agências de rating. A Standard & Poor's e a Fitch Ratings deram ao título a classificação "BBB-", degrau equivalente ao da Moody's. O JPMorgan Chase e o UBS lideraram a operação.
A Petrobras reabriu no dia 8 de janeiro o mercado externo para o Brasil em 2008 e captou US$ 750 milhões por meio de um eurobônus de prazo de vencimento em 1 de março de 2018. Pagou rendimento de 5,86% ao ano, menor do que os 6,059% da emissão inicial do mesmo título, realizada em outubro do ano passado, quando a empresa captou US$ 1 bilhão. O cupom do papel, que agora totaliza US$ 1,75 bilhão, é de 5,875% ao ano.
O prêmio sobre o título do Tesouro dos Estados Unidos pago pela Petrobras, no entanto, cresceu, e passou de 167 pontos básicos em outubro de 2007 para 205 pontos básicos agora. Os líderes foram o HSBC e o Citi. A partir de agora, outras emissões externas podem acontecer, pois os gestores voltaram ao trabalho após os feriados de final de ano prontos para investir.
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