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O Senado norte-americano aprovou na quinta-feira (13) à noite a Energy Bill, nova lei energética dos Estados Unidos. O mesmo projeto deve ser aprovado pela Câmara dos Deputados na próxima semana, de acordo com os senadores. Em seguida, a legislação será enviada para assinatura do presidente George W. Bush.
Dentre as medidas, a lei determina que 36 bilhões de galões (136,26 bilhões de litros) de biocombustíveis sejam adicionados aos combustíveis derivados de petróleo. Deste total, 21 bilhões de galões (79,5 bilhões de litros) devem ser produzidos a partir de outras matérias-primas que não o milho.
Por 86 votos a 8, o Senado também aprovou novos padrões para a eficiência dos combustíveis. O congresso americano quer carros e utilitários leves - como minivans e caminhonetes - rodem 35 milhas com um galão de combustível até 2022, um aumento de 40% sobre a eficiência atual, a fim de reduzir a dependência americana do petróleo importado e reduzir as emissões de gás responsáveis pelo aquecimento global. Uma entidade que reúne cientistas locais - a Union of Concerned Scientists - prevê que os novos padrões de eficiência devem levar a uma economia de 1,1 milhão de barris de petróleo por dia.
Apesar dos avanços, o Partido Democrata não conseguiu aprovar uma legislação mais ampla. A Energy Bill é parte central da agenda do partido. Entre as derrotas estão as mudanças na tributação que encorajariam maiores investimentos na produção de energia renovável. Seus esforços foram frustrados depois de não terem conseguido - por duas vezes - votos suficientes para superar a oposição republicana. O ponto central era substituir os incentivos fiscais dados às companhias de petróleo e gás por incentivos para os investimentos em fontes como energia solar, eólica, entre outras.
Ambientalistas comemoraram a aprovação da lei, mas se decepcionaram com o alcance da nova legislação. Já as companhias petrolíferas disseram que o Senado "fez a coisa certa" ao rejeitar a proposta de incentivos fiscais para as energias renováveis e chamou de "irreal" a obrigatoriedade de misturar 36 bilhões de galões de biocombustíveis ao combustível fóssil. As informações são da Dow Jones.