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Em um momento histórico para a sustentabilidade no Brasil, Alagoas deu início à Exygen I, a primeira biorrefinaria de biocombustíveis avançados do país. A pedra fundamental foi lançada em São Miguel dos Campos. O projeto nasce da união estratégica entre GranBio, Usina Caeté, Usina Santo Antônio e Impacto Bioenergia.
Com investimentos previstos de R$ 1,5 bilhão até 2028, o empreendimento promete revolucionar o setor com a produção de etanol, biometano e biofertilizantes neutros em carbono. Serão gerados cerca de 510 empregos diretos e indiretos, além de 1.200 postos de trabalho durante o processo de instalação.
“A inauguração é a concretização de um planejamento estratégico pautado na responsabilidade fiscal e no diálogo permanente com o setor produtivo. Este projeto, que é fruto do programa Cresce Alagoas, reflete o compromisso do Governo do Estado em impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável, fortalecendo a confiança dos investidores e transformando nossa matriz produtiva com inovação e sustentabilidade”, disse a secretária da Fazenda, Renata Santos.
O ambiente jurídico de Alagoas também foi destacado pelo CEO da GranBio, Bernardo Gradin, que expressou sua satisfação em encontrar no Estado um ambiente sólido para a viabilização do projeto.
Representando todas as empresas parceiras, Gradin agradeceu o apoio do Governo do Estado, destacando que esse suporte foi fundamental para estimular a confiança dos empresários e fomentar a união em torno de um propósito comum.
Ele ressaltou que o compromisso do Estado com a cidadania e a luta contra as mudanças climáticas foi determinante para atrair o investimento, enfatizando que nada disso seria possível sem um arcabouço legal robusto, segurança jurídica consistente e a credibilidade dos governantes.
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“O que fez empresários se unirem para investir em um projeto tão ambicioso foi a segurança jurídica. É a segurança de que a regra vai ser cumprida e que a competitividade vai ser viabilizada pela infraestrutura local e pela capacidade de ver a inovação como algo que não só gera emprego, mas que gera uma imagem de desenvolvimento importante para a indústria de base”, disse Gradin.
“Então, nós temos não só nas parcerias empresariais, mas nesse ambiente de negócios, o conforto e a segurança de que a inovação aqui tem resultado”, completou o empresário.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também elogiou o trabalho do Governo do Estado e apresentou a Exygen I como um dos maiores investimentos do país. Ele destacou que o Estado teve grande participação nesse processo.
“São mais de 1,5 bilhão investidos aqui em São Miguel dos Campos. Um investimento duplamente importante, uma indústria que já começa a operar produzindo etanol de baixo carbono, etanol com menor pegada de carbono, e de outro lado anunciando um novo investimento de produção de biometano e de metanol, além de CO2 biogênio. Então é um complexo industrial aqui de grande significado. O governador Paulo Dantas está de parabéns por esses investimentos. O Estado teve uma participação importante”.
Com a chegada da Exygen I, Alagoas consolida papel de protagonista na transição energética sustentável. Escolhida por sua abundante oferta de gás natural e pelos incentivos fiscais, Alagoas será o berço desse projeto inovador com capacidade para produzir 600 metros cúbicos de etanol de baixo carbono por dia. A planta, localizada em São Miguel dos Campos, otimizará as instalações da GranBio, garantindo uma produção contínua ao longo dos 12 meses do ano, a partir de 2026. Esse processo permitirá também a geração e distribuição ininterrupta de biogás.
A próxima fase do projeto, com início em 2026, incluirá a produção de biogás, CO2 biogênico – dióxido de carbono derivado da decomposição de matéria orgânica – e biofertilizantes. Em uma etapa futura, está prevista a ampliação para a produção de e-Metanol, um combustível sintético de ponta destinado a setores de difícil eletrificação, como o transporte marítimo.
A Exygen I se destaca pelo compromisso com a neutralidade de emissões de carbono, adotando práticas sustentáveis que incluem a reutilização quase integral de recursos hídricos e a reciclagem de efluentes, transformados em biofertilizantes, alinhando-se ao princípio da economia circular. Com uma abordagem integrada, o projeto reforça o papel de Alagoas na liderança da transição global para soluções energéticas sustentáveis, unindo inovação e respeito ao meio ambiente.
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