Conglomerado de defesa dos Emirados amplia investimentos no Brasil com novas fábricas

Com R$ 3 bilhões em investimentos, novas fábricas e parcerias estratégicas, grupo impulsiona inovação e consolida o Brasil em sua expansão global

O Grupo Edge, um dos maiores conglomerados de defesa do mundo, avança em sua estratégia de expansão no Brasil com a construção de duas novas fábricas. De acordo com a publicação do CNN Brasil, a iniciativa, prevista para 2025, consolida o país como um ponto estratégico para os planos globais da empresa, que já investiu cerca de R$ 3 bilhões no território nacional.

Com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o grupo tem intensificado suas operações no Brasil nos últimos anos. Em 2024, adquiriu 51% da brasileira Condor Tecnologias Não Letais, conhecida pela produção de munições de borracha e gás lacrimogêneo. Também assumiu 50% da SIATT, empresa nacional especializada em armas inteligentes e sistemas de alta tecnologia.

Centro Tecnológico 

A expansão inclui a inauguração de um centro tecnológico da SIATT em São José dos Campos e uma nova fábrica de explosivos em Caçapava, ambas no estado de São Paulo. Segundo o CFO do Grupo Edge, Rodrigo Torres, a planta da SIATT será "um centro tecnológico como o Brasil nunca viu antes", gerando mais de 300 empregos e focada na exportação de mísseis para mercados na Ásia e na África.

Além disso, a Condor terá sua nova unidade em São Paulo, com foco em câmeras corporais e sensores, marcando uma transição para tecnologias avançadas. “Queremos migrar a Condor um pouco do convencional para o tecnológico”, explicou Torres.

Outro eixo estratégico do Grupo Edge é a aproximação com universidades brasileiras, como PUC, Unicamp e ITA, para fomentar parcerias que integrem academia e setor produtivo, além de atrair mão de obra local qualificada.


Continua depois da publicidade


A colaboração com as Forças Armadas também segue no radar. Em 2023, a empresa firmou um acordo com a Marinha para o desenvolvimento de sistemas autônomos de defesa aérea e de superfície, incluindo soluções antidrone. “Com os conflitos ao redor do mundo, é essencial termos defesas eficazes contra drones, que podem causar grandes danos com investimentos mínimos”, concluiu Torres.