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A suspeita de que uma arma “fantasma”, impressa em 3D, tenha sido utilizada no assassinato do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em dezembro, reacendeu o debate sobre a regulamentação dessas armas praticamente irrastreáveis nos Estados Unidos. De acordo com o Estadão, o crime ocorreu em uma rua de Nova York e as autoridades conectaram o caso a Luigi Mangione, de 26 anos, preso em Altoona, Pensilvânia.
Quando abordado em um McDonald’s, Mangione carregava uma mochila com uma pistola preta, um silenciador e seis munições de 9 mm. Confissões manuscritas também foram encontradas, segundo a polícia. Investigações preliminares apontam que tanto a arma quanto o silenciador foram fabricados por impressoras 3D, uma tendência crescente que tem preocupado autoridades e especialistas em segurança.
O Departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) dos EUA destaca que o número de armas fabricadas privadamente, conhecidas como “armas fantasmas”, aumentou em mais de 1.000% entre 2017 e 2021. Nesse período, mais de 45 mil armas desse tipo foram recuperadas em cenas de crimes, sendo 692 relacionadas a homicídios ou tentativas. Apenas em 2022, foram registradas mais de 25 mil apreensões.
As armas fantasmas são definidas pelo ATF como armas de fogo fabricadas por indivíduos que não possuem licença para produção. Elas ganharam destaque com o avanço tecnológico, que possibilitou a impressão em 3D a partir de projetos acessíveis na internet. Relatórios apontam que buscas on-line relacionadas a essas armas geram milhões de resultados e vídeos com até 8 milhões de visualizações.
Especialistas ressaltam que a facilidade de produção e a falta de identificação são fatores que impulsionam o uso dessas armas em atividades criminosas. O caso de Brian Thompson coloca ainda mais pressão sobre as autoridades para criar regulamentações mais rígidas e impedir o avanço desse fenômeno.
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*Imagem de capa: Depositphotos.com
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