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A Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou um guia para ajudar as empresas a implementarem práticas da economia circular.
O documento "Economia Circular na Prática: Guia de Implementação Segundo a Série ABNT NBR ISO 59000" oferece um passo a passo para que as indústrias definam metas e estratégias circulares, e implementem ações práticas. A divulgação também apresenta diretrizes para o estabelecimento de indicadores-chave de desempenho (KPIs) e mensuração do progresso da circularidade dentro das empresas, incluindo metodologias de coleta de dados e avaliação de resultados.
Desde junho, o Brasil conta com a Estratégia Nacional de Economia Circular (Enec). A iniciativa integra os esforços do país no combate à mudança climática, por meio do incentivo as práticas sustentáveis ao longo da cadeia produtiva. Na transição do modelo linear para o circular, o sistema de produção é redesenhado para que haja lucro, mas de forma sustentável e com o uso eficiente de recursos, minimizando impactos ambientais.
A Enec integra a Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial anunciada pelo governo no início do ano. A estratégia, além de criar um ambiente normativo e institucional para a economia circular, promete incentivo à inovação, à cultura, à educação e à criação de competências para:
A Associação Nacional de Normas Técnicas (ABNT) é responsável no país pela normalização das diretrizes feitas pela Organização Internacional de Normalização (ISO, na sigla em inglês). Neste ano, foram lançadas três normas. A CNI teve liderança na coordenação da delegação brasileira composta também pela Fiesp e a Firjan, em atuação no Comitê Técnico da ISO. Essa participação estratégica permitiu às entidades internalizar conceitos e princípios, e usá-los como base para influenciar políticas públicas no Brasil, além de embasar a elaboração do guia.
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“A economia circular tem se estabelecido como uma das principais estratégias empresariais para enfrentar os desafios ambientais atuais. Ao revisar e aperfeiçoar a forma como extraímos, transformamos, usamos e descartamos recursos naturais e produtos, as empresas podem se tornar mais eficientes, competitivas e sustentáveis”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
“Esperamos que o guia seja um estímulo para que empreendedores e profissionais da indústria encontrem um ponto de partida e os meios necessários para internalizar a circularidade em suas atividades”, complementa o presidente da Firjan, Luiz Cesio Caetano.
Segundo o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, acelerar a transição para uma economia circular é um convite para a sociedade repensar modelos e padrões de produção e consumo, e fortalecer a habilidade de colaboração, transformando a maneira como as empresas se relacionam com fornecedores, clientes, acionistas e concorrentes. “Queremos construir um sistema regenerativo, inclusivo e com geração de valor compartilhado”, aponta.
CNI e Fiesp abriram uma chamada pública para selecionar boas práticas da indústria em economia circular. Podem participar as indústrias da América Latina e Caribe, e as escolhidas poderão ser divulgadas pelas instituições no Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF2025), o maior evento anual sobre o tema que ocorrerá pela primeira vez na América Latina, nos dias 13 e 14 de maio de 2025, em São Paulo. As inscrições vão até 31 de outubro.
A CNI desenvolveu uma ferramenta gratuita, chamada Rota de Maturidade, que permite que as empresas façam uma autoavaliação e recebam um diagnóstico sobre o grau de adoção de práticas de economia circular. A partir desse relatório, a ferramenta apresenta recomendações, com sugestões de práticas que podem ser implementadas para alavancar a sustentabilidade da organização.
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