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Em entrevista à Agência de Notícias da Indústria, a diretora de Economia Sustentável e Industrialização da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Perpétua Almeida, destacou ações para que a indústria brasileira se torne mais sustentável.
Almeida também evidenciou que o Brasil tem grandes chances de se posicionar como um importante ator na economia de baixo carbono, especialmente durante a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP29, que ocorrerá em Baku, no Azerbaijão, durante 11 a 22 de novembro.
Quais iniciativas a ABDI está promovendo na COP29 para incentivar a transição das indústrias brasileiras para práticas mais sustentáveis e de baixa emissão de carbono?
Existe um esforço conjunto da diretoria da Agência e do seu corpo técnico para promover as missões da NIB, focadas em práticas sustentáveis para a indústria. Em parceria com a CNI, estaremos com várias ações na COP29 e COP30. Agora, já na COP29, temos a realização dos painéis sobre Sustentabilidade Industrial, focando no Polo Industrial de Manaus (PIM), mostrando que é possível e necessária a industrialização sustentável na Amazônia e a transição para cadeias produtivas de baixo carbono.
Nosso objetivo é destacar como a região pode impulsionar práticas sustentáveis enquanto mantém a floresta em pé, abordando os desafios e as oportunidades da adoção de soluções de bioeconomia e inovação sustentável. Vamos mostrar o trabalho que estamos fazendo com foco em Circularidade na Indústria - transformando resíduos em recursos.
Na COP 29, vamos lançar uma nova versão da plataforma Recircula Brasil, plataforma elaborada inicialmente com o objetivo de rastrear os resíduos plásticos, desde a origem até a reinserção como matéria-prima na fabricação de novo produto. A ferramenta, considerada pioneira no setor, ajuda a promover a reciclagem, uma das vertentes da economia circular, além de permitir o mapeamento dessa cadeia produtiva.
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Na nova fase, a plataforma vai aumentar o raio de rastreabilidade do plástico e em seguida será expandida para outros setores, como o alumínio, por exemplo. Vamos mostrar uma ABDI que dialoga com a indústria sobre sustentabilidade, promove a inovação e estimula a colaboração entre os setores público e privado, alinhando o desenvolvimento industrial brasileiro com as metas globais de redução de emissões de carbono, ajudando o Brasil a cumprir as metas de combate às mudanças climáticas e promovendo crescimento econômico sustentável.
Como a ABDI está colaborando com setores produtivos e governo para criar políticas e incentivos que favoreçam a inovação tecnológica e a adoção de energias renováveis nas indústrias brasileiras?
A ABDI foi criada para implementar as políticas públicas para o desenvolvimento da indústria. Nos últimos governos, o Brasil não tinha uma política industrial - isso dificultou o foco da Agência no cumprimento da sua missão. Agora, com o lançamento da NIB - a “Nova Indústria Brasil” e o “Plano de Transformação Ecológica”, estamos focando em projetos que transformem nossa indústria numa indústria inovadora e digital: verde, exportadora e produtiva.
Alguns modelos são:
Quais resultados concretos a ABDI espera alcançar na COP29 em termos de desenvolvimento industrial sustentável e que impactos isso poderá ter na competitividade das empresas brasileiras no mercado global?
Estamos trabalhando pela modernização da indústria brasileira a partir da NIB - o plano Nova Indústria Brasil. Além de transformar nossa indústria, tornando-a mais competitiva a partir das práticas ambientais e de inovação e digitalização, não só para não perder mercados frente as exigências globais de sustentabilidade e competitividade, mas também para ajudar o Brasil no cumprimento das metas de redução (de emissões).
Nossa estratégia é o fortalecimento das Cadeias de Valor Sustentáveis, com ênfase na economia circular e na descarbonização das cadeias produtivas. Todas as nossas ações têm sido no sentido de reposicionar o Brasil como um ator estratégico no mercado global, onde a demanda por produtos sustentáveis cresce exponencialmente.
Ao se posicionar como líderes na transição para uma economia de baixo carbono, as indústrias brasileiras terão acesso a novos mercados e se destacarão em um cenário global que valoriza práticas industriais sustentáveis.
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