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O Governo Federal detalhou, em cerimônia no Palácio do Planalto, um pacote de ações e investimentos no valor de R$ 186,6 bilhões, destinados à transformação digital da indústria brasileira. A iniciativa, parte da Missão 4 da Nova Indústria Brasil (NIB), tem como objetivo promover avanços em áreas como semicondutores, robótica e produtos digitais, e é composta por recursos públicos e privados, dos quais R$ 42,2 bilhões já foram alocados.
O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou que a meta principal da Missão 4 é digitalizar 50% das indústrias até 2033, com uma meta intermediária de 25% até 2026. "A Missão 4, que é a transformação e a transição digital, é estratégica e fundamental para o avanço da indústria no Brasil", afirmou Alckmin, reforçando que, atualmente, apenas 18,9% das indústrias estão digitalizadas.
Os primeiros investimentos serão direcionados à fabricação de semicondutores, robôs industriais e infraestrutura para tecnologias emergentes, como datacenters e telecomunicações. Durante a cerimônia, o presidente Lula sancionou o Projeto de Lei nº 13 de 2020, que moderniza a política industrial para semicondutores, visando fortalecer o setor no Brasil. "Estamos dando um passo importante para que o país se consolide como potência tecnológica", disse Lula.
Outro destaque do evento foi o lançamento de uma linha de crédito de R$ 2 bilhões, gerida pelo BNDES, para fomentar a implantação de data centers. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou que o setor exige o uso de energia limpa, área na qual o Brasil tem uma grande vantagem competitiva. "Esse é um setor decisivo para o futuro da economia brasileira, permitindo maior soberania de dados", comentou.
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O pacote também inclui a transformação digital de pequenas e médias indústrias por meio do programa Brasil Mais Produtivo. Com recursos iniciais de R$ 160 milhões para fábricas inteligentes e R$ 400 milhões para digitalização, o programa visa modernizar cerca de 200 mil empresas, com foco em eficiência e inovação.
A iniciativa é vista como um marco para o desenvolvimento da indústria brasileira, unindo esforços públicos e privados. A presidente da P&D Brasil, Rosilda Prates, enfatizou a importância do movimento: "Desenvolver tecnologia no país é uma questão de soberania e um divisor de águas na trajetória de modernização e desenvolvimento sustentável".
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