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O profissional que atuará no setor metalmecânico no futuro precisará ter uma combinação de habilidades técnicas e digitais avançadas. Conhecimentos em automação, robótica, CAD/CAM, e operação de máquinas serão essenciais. Além disso, terá que desenvolver habilidades em análise de dados, programação e gestão da informação. A capacidade de adaptação, flexibilidade e a habilidade para resolver problemas complexos de forma criativa completarão o perfil do profissional estratégico.
A necessidade de aprendizado constante surge em um cenário de crescimento em inovação no setor metalmecânico. Uma pesquisa divulgada pelo site especializado Manufacturing Tomorrow aponta que as empresas da área nos Estados Unidos investiram um total de US$ 4,3 bilhões em P&D de produto, um aumento significativo em comparação ao ano anterior, refletindo um aumento de 26,4%. Isso significa 2,5 vezes mais do que a média investida em outros setores no país.
No Brasil, a indústria metalmecânica brasileira também cresce, inclusive em termos de empregabilidade, com um aumento de 8,5% nas oportunidades de trabalho, segundo o Mapa do Trabalho Industrial, divulgado pelo Senai. O estudo prevê ainda uma urgência na qualificação do setor. Até 2025, o país terá que desenvolver novas habilidades em 9,6 milhões de pessoas que atuam no setor. Além disso, cada estado tem uma demanda, significando uma gama diversa de oportunidades.
A pesquisa Profissões do Futuro: Setor Metalmecânico do Futuro 2020-2024, também realizada pelo Senai, descreve as principais novas profissões e as competências necessárias para o mercado de trabalho na área. De acordo com o estudo, os profissionais precisarão dominar um conjunto de habilidades e conhecimentos que vão além da expertise técnica tradicional. Entre as principais destacam-se:
A pesquisa do Senai apresenta ainda novas profissões que surgirão no setor metalmecânico até 2034, cada uma com suas especificidades e demandas.
O programador de máquinas e ferramentas será essencial na Indústria 4.0. Esse profissional é responsável por programar e executar processos de usinagem de peças. As competências exigidas incluem:
O designer de projetos e produtos planeja e executa projetos de peças para máquinas e equipamentos. Este papel requer:
Responsável por analisar e gerenciar grandes volumes de dados, o especialista em gestão da informação garante a segurança e a integridade das informações. As qualificações necessárias incluem:
O administrador de conectividade assegura a velocidade, integridade, estabilidade e disponibilidade da rede para máquinas automatizadas. Competências essenciais:
Este profissional desenvolve, programa e fabrica produtos por manufatura aditiva (impressão 3D). As habilidades necessárias incluem:
Responsável por desenvolver novos materiais e aplicações para usinagem, o especialista em materiais compósitos e nanotecnologia deve possuir:
Este profissional cria ambientes virtuais que interagem com o ambiente físico das empresas. As competências exigidas são:
O integrador e programador industrial integra sistemas de apoio à engenharia e programa sistemas industriais. Necessidades de qualificação:
A atração de talentos é um desafio do setor metalmecânico. Portanto, investir em educação e treinamento é a principal tendência, focando no desenvolvimento de habilidades necessárias em colaboradores que já atuam nas empregas. Programas de capacitação contínua são fundamentais para manter as esquipes atualizadas com as tecnologias e métodos mais recentes. São cursos técnicos específicos e treinamentos em novas tecnologias como a robótica, a automação e o uso de softwares avançados. Ao aprimorar as competências dos seus funcionários, as empresas não apenas aumentam a produtividade, mas também garantem uma maior qualidade nos produtos e serviços oferecidos.
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Parcerias com instituições de ensino são estratégicas para a formação de profissionais qualificados. Essas colaborações podem incluir programas de estágio, trilhas extracurriculares, programas de aceleração, cursos de formação técnica e profissional, e projetos de pesquisa conjunta. As instituições de ensino, por sua vez, podem ajustar seus currículos para atender melhor às necessidades do mercado, proporcionando aos alunos experiências práticas que os preparem para o futuro. Esse tipo de parceria é benéfico para todas as partes envolvidas, promovendo uma mão de obra mais preparada e alinhada com as demandas do setor.
O incentivo à inovação é outro pilar fundamental para a competitividade das empresas do setor metalmecânico. Ao promover um ambiente que estimule a criatividade e a participação em projetos de pesquisa e desenvolvimento, as empresas podem criar soluções inovadoras que lhes conferem uma vantagem competitiva. Isso pode incluir o desenvolvimento de novos materiais, a otimização de processos produtivos e a adoção de tecnologias emergentes. Os colaboradores, ao serem envolvidos nesses projetos, sentem-se mais valorizados e engajados, contribuindo com ideias e soluções que podem transformar a empresa.
Ao longo dos sete episódios da série exclusiva Metalmecânica: Da base ao futuro abordaremos desde a definição do setor até sua evolução tecnológica, explorando temas como processos de fabricação, materiais avançados, papel da tecnologia, sustentabilidade, perfil profissional e os desafios e oportunidades futuros. Prepare-se para uma imersão objetiva e esclarecedora no universo da indústria metalmecânica.
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*Imagem de capa: Depositphotos.com
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