Appian vai investir R$ 350 mi para produzir grafite em mina da Bahia

Com o investimento, a Appian expande suas operações no Brasil, posicionando-se como um player importante na produção de grafite para baterias de veículos elétricos.

A Appian Capital Brazil vai investir R$ 350 milhões na implantação de uma operação de grafite na Bahia, marcando um passo significativo na expansão nacional do grupo. Através da Graphcoa, novo ativo do fundo de investimento privado especializado em mineração, a empresa inicia a construção de uma planta de demonstração para o beneficiamento de grafite. Localizada na mina Boa Sorte, no distrito de União Baiana, município de Itagimirim (BA), a unidade terá uma capacidade inicial de produção de 5,5 mil toneladas por ano.

De acordo com a publicação do BA de Valor, esse movimento tem como objetivo transformar a Graphcoa em um dos principais produtores de grafite do Brasil, apto a fornecer material essencial para a produção de ânodos de grafite. Esses ânodos são componentes fundamentais nas baterias de veículos elétricos, que atendem a crescente demanda tanto nacional quanto internacional. A construção da planta de demonstração da Graphcoa deve gerar aproximadamente 300 empregos diretos no pico das obras.

Transição energética e desenvolvimento sustentável

Segundo Paulo Castellari, CEO da Appian Capital Brazil, o investimento é um marco significativo para o grupo. “Somado aos atuais ativos de cobre e níquel sulfetado do nosso portfólio, este novo mineral crítico ampliará a atuação do Grupo no setor de metais estratégicos”. Além disso, a implantação da planta de grafite não só reforça a posição do Brasil, que detém cerca de 26% das reservas mundiais de grafite, mas também contribui de maneira significativa para a transição energética e o desenvolvimento econômico sustentável do país.


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 “O grafite esférico, produto final produzido a partir do grafite que será lavrado em nossos projetos, representa 95% dos ânodos de baterias de veículos elétricos e irá abastecer a crescente demanda global por eletrificação”, afirma Castellari.

No primeiro trimestre de 2025, a produção de concentrado de grafite será avaliada por clientes estratégicos para garantir a qualidade e definir o potencial definitivo da escala de produção da planta antes da construção em seu porte final. Estima-se que a capacidade total de produção da Graphcoa possa ser ampliada de 5,5 mil toneladas anuais para até 25,5 mil toneladas anuais de grafite, com potencial de crescimento adicional através de outros projetos do portfólio. No entanto, estes avanços dependerão dos estudos de viabilidade que serão concluídos em 2025 para a aprovação do investimento.

*Imagem em destaque: Depositphotos.com