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Buscando fortalecer o processo de transição energética, a Atvos anunciou recentemente que vai investir R$ 350 milhões para construir sua primeira unidade de biometano. De acordo com comunicado da empresa, a unidade terá capacidade de produzir 28 milhões de m³ de biometano por safra e ficará localizada em Nova Alvorada do Sul (MS), mesmo local em que empresa possui uma planta responsável pela produção de etanol.
A nova unidade vai usar como insumos a vinhaça e a torta de filtro, resíduos resultantes da cadeia produtiva da cana, que ocupará uma área de 150 mil metros quadrados. Ainda segundo a empresa, a ideia é reforçar o compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do Estado, gerando 4 mil empregos diretos e mais de 11 mil de forma indireta.
De acordo com Bruno Serapião, CEO da Atvos, o apoio do governo do Estado de Mato Grosso do Sul e da prefeitura de Nova Alvorada do Sul é fundamental para o desenvolvimento de novos negócios na região, porque serve para movimentar a economia, fortalecer a cadeia produtiva e garantir prosperidade para a sociedade.
Com a construção da nova fábrica, a empresa marca sua entrada no mercado de gás natural de origem renovável. Além disso, a Atvos ampliou o portfólio de soluções sustentáveis, seguindo um conceito de economia circular, ao dar destino e gerar novas receitas a partir de resíduos de sua cadeia de produção. O projeto está na fase de análises de engenharia para aprovação final e a expectativa é que as obras sejam iniciadas ainda em 2024.
Ainda segundo a publicação, no caso da Usina Santa Luzia, a produção deve ser direcionada para o abastecimento de parte da frota logística da companhia e de seus parceiros, almejando reduzir em até 40%, no médio prazo, o uso do diesel.
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Segundo o CEO da empresa,além de substituir o diesel, essa fonte energética também pode ser utilizada para uso industrial, em substituição ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e ao óleo combustível, e até mesmo em usinas termelétricas.
De acordo com projeções da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás), a produção de biometano deve saltar 600% até 2029, saindo do atual 1 milhão de m³ por dia para 7 milhões de m³/dia. Ainda segundo a entidade, atualmente existem 20 plantas no país, sendo que apenas seis comercializam o gás e a expectativa é que o total de unidades produtoras voltadas à comercialização chegue a 90 nos próximos cinco anos, sendo 42% via setor sucroenergético.
*Imagem de capa: Depositphotos
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