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A Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra queda dos estoques da indústria em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2023. É o terceiro recuo consecutivo e, no mês passado, foi mais intenso do que é considerado normal para o período. O índice de evolução do nível de estoques ficou em 48,6 pontos e se encontra 0,6 ponto abaixo da média histórica dos meses de janeiro.
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A pesquisa aponta que, de forma geral, os indicadores de atividade de janeiro são positivos. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu 68% em janeiro, após avançar 1 ponto percentual em relação ao resultado de dezembro de 2023. A UCI também está 1 ponto acima da média dos meses de janeiro.
“Essa sequência de quedas dos estoques permitiu a eliminação de um excesso de estoques indesejáveis que limitam a atividade industrial. Com os estoques abaixo do nível planejado, percebe-se que a demanda foi um pouco acima do esperado pelos empresários. Além disso, eventuais novos aumentos da demanda irão se traduzir em aumento da produção, da atividade da indústria de transformação, que terminou 2023 com queda”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Emprego e produção industrial apresentaram retração, como é normal para o período. O recuo, no entanto, ocorreu de forma mais branda do que historicamente ocorre. O indicador de evolução da produção industrial atingiu 48,4 pontos em janeiro de 2024. O resultado abaixo dos 50 pontos indica redução da produção industrial em janeiro frente a produção de dezembro de 2023. O índice ainda se encontra 2,1 pontos acima da média dos meses de janeiro da série, 46,3 pontos.
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Entre indústrias de diferentes portes os resultados são heterogêneos: embora todos os indicadores se posicionem acima de suas respectivas médias para meses de janeiro, o indicador para empresas de grande porte atingiu 51 pontos no mês, ultrapassou a linha divisória, o que indica alta da produção.
O índice de evolução do número de empregados atingiu 49,4 pontos em janeiro de 2024. Abaixo da linha dos 50 pontos, o indicador representa recuo no emprego do setor em relação a dezembro de 2023. Bem como o indicador de evolução da produção, a série também se aproximou da linha divisória, indicando redução do emprego industrial mais branda que a observada em dezembro. O resultado do mês se posiciona 1,5 ponto acima da média histórica dos meses de janeiro da série, o que significa uma redução mais branda que a usual para o mês.
Os empresários industriais demonstram expectativas mais otimistas em fevereiro do que o usual sobre quantidades exportadas, compra de matérias-primas e número de empregados. Em fevereiro, o índice de intenção de investimento registrou avanço pelo quarto período consecutivo, e se encontra em patamar mais elevado que a média histórica do indicador.
Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, apenas o indicador de expectativas sobre quantidades exportadas apresentou retração, embora siga em patamar acima dos 50 pontos (53,4 pontos), indicando otimismo.
O indicador de expectativa sobre a quantidade demandada atingiu 56,1 pontos em fevereiro de 2024, após avançar 0,5 ponto em relação ao índice de janeiro. Ainda assim, o resultado do mês sinaliza menos otimismo que o usual para o período - o indicador se encontra 0,9 ponto abaixo da média dos meses de fevereiro da série.
O índice de expectativa de compra de matérias-primas atingiu 55,2 pontos e se encontra 0,3 ponto acima da média dos meses de fevereiro. E o indicador de expectativa sobre o número de empregados atingiu 52,4 pontos em fevereiro, após avançar 1,0 ponto em relação ao resultado de janeiro de 2024. O índice se encontra 1,6 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série.
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