Usina Jacarezinho investe R$ 25 milhões em equipamentos

Com o aporte, produtora sucroenergética do Grupo Maringá poderá atingir até 70% (açúcar) - 30% (etanol) na Safra 24/25

A Usina Jacarezinho, produtora de açúcar, etanol, levedura e bioenergia a partir da cana-de-açúcar do Grupo Maringá, localizada no norte do Paraná, deu início à ampliação da capacidade de produção de açúcar.

Com investimento de R$ 25 milhões em equipamentos, o projeto objetiva aumentar a capacidade da produção de açúcar, ganhando na flexibilização do mix de produção. Hoje, é de 57% açúcar (dos quais, 38% são de açúcar bruto) e 43% etanol, que prevê chegar a 70 – 30% na Safra 24/25. No Centro-Sul, a estimativa de mix para a safra atual é em torno de 50 - 50. Além disso, será possível planejar melhor a moagem, o que significa moer em período mais adequado e vantajoso do ponto de vista do aproveitamento da riqueza da cana-de-açúcar.

O CFO do Grupo Maringá, Eduardo Lambiasi, explica que o cenário atual, que oferece uma vantagem expressiva para o açúcar em relação ao etanol, algo como US$ 10 cents por libra peso, estimulou a decisão pelo investimento. E o horizonte para o açúcar se mostra positivo para os próximos anos", afirma. "Por isso, é importante expandir a nossa capacidade de arbitragem entre os produtos, ter mais flexibilidade para focar a produção em um ou noutro”, complementa.

Disponibilidade industrial

A compra de novos equipamentos já está em andamento e traz uma nova organização de estrutura. Além de repotenciar o secador de açúcar já existente, foram adquiridos dois pré-evaporadores, de 5.000 m² e 3.300 m², um cozedor de 850 hectolitros e duas centrífugas Konti 14 e uma Mausa Mac 1.800. Os equipamentos devem entrar em operação já no primeiro dia da próxima safra, em 1º de abril de 2024.

“Com esse movimento, buscamos ampliar a fábrica e ampliar a produção de 23 mil sacas de açúcar por dia para 30 mil sacas de açúcar/dia bruto por dia”, conta o diretor de Operações Sucroenergético da Usina Jacarezinho, Condurme Aizzo.


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Condurme Aizzo diz que a eficiência do processo produtivo deve se refletir na ATR (Açúcar Total Recuperável), apesar de esse índice depender muito das condições climáticas.

O executivo ressalta outro benefício do investimento: "Com esse projeto, estamos preparados para ampliar a moagem cana-de-açúcar", conclui Aizzo.

*Imagem de capa: Depositphotos