Analista e Cientista de Dados: As profissões mais importantes para o mercado brasileiro até 2030

O estudo “Panorama das carreiras 2030: o que esperar das profissões até o fim da década” destaca também as hard e soft skills que os profissionais acreditam ser as mais importantes de se desenvolver nos próximos 5 anos

A profissão de analista e cientista de dados será a mais importante para o mercado de trabalho brasileiro até 2030. Essa é a conclusão do estudo Panorama das carreiras 2030: o que esperar das profissões até o fim da década, encomendado pela TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, à H2R Pesquisas Avançadas. Essa função foi apontada por 33% dos 477 participantes do levantamento, que foi realizado durante o Universo TOTVS 2023. Na sequência, foram citados os profissionais especializados em saúde mental (30%) e especialistas em inteligência artificial e machine learning (30%). Cada respondente poderia citar até três ocupações diferentes.

De maneira geral, o estudo reforça que profissões relacionadas à tecnologia e digitalização dos negócios serão as fundamentais até o final da década, consequência da ampla transformação digital das empresas nos últimos anos. Também foram destaque entre os entrevistados as posições de analista de segurança da informação (27%) e analista de inteligência de negócio (22%). A única área de destaque que difere de TI é relacionada à saúde mental, possivelmente por um reflexo da pandemia.

Hard e soft skills mais importantes para os próximos 5 anos

O estudo da TOTVS abordou ainda quais são as hard e soft skills que os profissionais acreditam ser as mais importantes a desenvolver para os próximos 5 anos. Quando perguntados sobre habilidades técnicas (hard skills), a mais citada é o conhecimento em inteligência artificial (48%), tema que tem sido pauta constante no mundo da tecnologia. Outras hard skills cruciais para os profissionais, sejam estes novos ou não no mercado de trabalho, são: análise de dados (40%), análise de negócios (26%), gerenciamento de projetos (23%), programação (23%) e cibersegurança (20%).


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Em relação às soft skills (habilidades comportamentais) a inteligência emocional (41%) ficou em primeiro lugar. Os entrevistados acreditam que ter competências em conjunto, como autocontrole, persistência e motivação, aumentam as chances de se ter uma carreira mais bem sucedida. Outras competências comportamentais importantes para o futuro, segundo os entrevistados, são: pensamento analítico e crítico (31%), trabalho em equipe (27%) e criatividade (25%).

O impacto da IA no mercado de trabalho 

A aplicação de Inteligência Artificial (IA) tem sido debatida em diferentes âmbitos e níveis, e no contexto do mercado de trabalho não é diferente. São inúmeras as especulações sobre quais tarefas ou profissões serão substituídas pela tecnologia, com ênfase nas atividades mais operacionais.

No entanto, quando questionados sobre o receio do impacto negativo da IA em sua profissão, 68% dos entrevistados do estudo afirmaram não perceber neste momento a possibilidade de impacto negativo em suas carreiras. Quando perguntados sobre o quanto temem o avanço e uso da IA em suas carreiras, 78% não demonstram ter medo em relação ao avanço da IA, e 90% afirmam que não têm medo de perder o emprego para esta tecnologia.

Para os que sinalizaram algum tipo de receio sobre a utilização desta tecnologia (32%), a maior insegurança diz respeito ao quanto a mão de obra humana será substituída ou terá sua demanda diminuída por causa das inteligências artificiais. Outros receios como a perda do contato humano nas interações com clientes, consumidores e colegas de trabalho e a dependência humana da IA a ponto de não conseguir mais se desenvolver ou criar uma análise, também foram apontados.

Perfil dos entrevistados 

Para a elaboração da pesquisa foram ouvidos 477 participantes do Universo TOTVS 2023, que aconteceu nos dias 28 e 29 de junho de 2023, em São Paulo. O público ouvido era constituído majoritariamente (60%) de profissionais de Tecnologia, 15% de Marketing e Vendas, 13% de Finance, 7% de RH e 5% de outras áreas. Desses, 37% ocupam cargos de alta liderança; 35% são analistas; 17% são coordenadores/supervisores; 6% são especialistas; e 5% são estagiários.

*Imagem de capa: Depositphotos