Quase 70% das indústrias de SP possuem planos para inovar nos próximos 2 anos

A principal motivação para 64,5% das empresas é aumentar a produtividade, segundo pesquisa de Inovação da Fiesp

Uma pesquisa conduzida pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp revelou que a inovação está no horizonte de 69,1% das indústrias brasileiras nos próximos dois anos. A busca por maior produtividade, redução de custos, e o aumento das vendas foram apontados como os principais motores para investir em inovação. 

Após entrevistar quase 400 indústrias de diversos portes sobre inovação, a pesquisa revelou que 69,1% delas já traçaram planos ou estratégias para implementar inovações nos próximos dois anos. Entre os participantes do estudo, 64,5% têm como meta aumentar a produtividade por meio de investimentos em inovação, 58,2% estão impulsionadas pela busca da redução de custos, e 50,9% visam o crescimento das vendas.

Além disso, para as grandes empresas, fatores como digitalização, adoção da indústria 4.0 e o compromisso com a sustentabilidade emergem como principais impulsionadores dessas iniciativas inovadoras.

Perguntadas sobre quais parceiros seriam possíveis para implementar as inovações planejadas, as grandes destacaram as universidades e institutos de pesquisas, enquanto as pequenas, o sistema S.

O levantamento apontou que mais de dois terços das empresas ouvidas desconhecem as leis de incentivo fiscal à inovação. Mesmo a Lei do Bem, principal instrumento de estímulo fiscal às atividades de PD&I nas empresas brasileiras, e que não é específica para determinados setores de atividade, é desconhecida por 71,9% das empresas.

Ao serem questionadas sobre a origem dos recursos para investimento em inovação, 57,9% pretendem investir com recursos próprios apenas. Bancos privados tradicionais, digitais e fintechs estão na lista de 19,4% das empresas, sendo apenas de 15,4% os que pretendem acessar o BNDES por meio de um agente financeiro, e 12,1% por meio de acesso direto ao banco público. Quando se consideram apenas as grandes empresas, o BNDES vai para o topo da lista.


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*Imagem de capa: Depositphotos