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Das 13 paralisações de fábricas registradas em 2023, nove delas ocorreram em algum período de abril, o que afetou o volume de produção de veículos no mês. O total de 178,9 mil unidades produzidas foi 19,4% inferior ao de março e 3,9% menor que o de abril do ano passado, quando a crise dos semicondutores estava em seu momento mais crítico. No acumulado do ano, 714,9 mil autoveículos foram produzidos no país, alta de 4,8% sobre o primeiro quadrimestre de 2022.
O balanço apresentado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também apontou queda nos volumes de emplacamentos em abril, em parte justificada pelos cinco dias úteis a menos em relação a março. As 160,7 mil unidades emplacadas representaram um recuo de 19,2% sobre o volume de março, e um acréscimo de 9,2% sobre o mesmo mês do ano passado. “Mesmo com as dificuldades de crédito e juros elevados que afetam sobretudo as vendas no varejo, emplacamos até agora 633 mil unidades em 2023, 14% a mais que no ano passado, quando a crise era somente de falta de oferta”, analisou o Presidente Márcio de Lima Leite.
Para caminhões, a situação é ainda mais complexa após o fim do período de três meses em que as fábricas podem faturar os veículos produzidos em 2022 (modelos da fase anterior do Proconve). As vendas recuaram 16,5% sobre o fraco mês de abril de 2022, confirmando os desafios da introdução da oitava fase do programa de controle de emissões, que deixou os produtos nacionais em linha com os mais avançados modelos globais, mas com uma inevitável elevação de custo.
Leite destacou ainda que a média diária de vendas de autoveículos em abril foi a melhor do ano, com 8,9 mil unidades por dia, mas que boa parte desse crescimento se deve à demanda reprimida das locadoras. No mês, 50% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves foram em Vendas Diretas, canal que inclui locadoras, pessoas jurídicas, taxistas, frotas corporativas, PCD, governo, produtores rurais etc.
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Abril também foi um mês de queda para as exportações, refletindo o recuo dos principais marcados para os quais o Brasil envia seus produtos: Argentina -13%, México -18%, Colômbia -20% e Chile -48%. Além disso, houve uma intensa restrição das importações na Argentina por questões cambiais ao longo das três primeiras semanas do mês. O total das exportações foi de 34 mil unidades, queda de 24% sobre março e sobre abril de 2022.
*Imagem de capa: Depositphotos
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