Expomafe reforça importância da reindustrialização para o avanço do país

Fortalecimento da indústria para alavancar a retomada do crescimento do Brasil foi discussão central na Expomafe 2023

“A Expomafe mostra a força do nosso país, a nona maior economia do mundo, e que não pode ficar para trás. Nós temos que ser fortes, temos que estar juntos, unidos, pensando de uma forma estratégica as oportunidades de retomar o crescimento e os empregos deste país”, destacou o Deputado Federal Vitor Lippi, presidente da Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos, em seu discurso na abertura da 3ª edição da feira, que ressaltou a importância da recriação do Ministério da Indústria, atualmente presidido pelo vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.  

“O Ministério tem uma agenda com o apoio da Abimaq, outras associações e parlamentares, para uma reindustrialização no Brasil, que é absolutamente fundamental, pois não há como o Brasil voltar a crescer sem o fortalecimento das nossas indústrias.” 

Para o deputado, o Brasil é um dos países que ficou para trás pela falta de políticas públicas e visão estratégica. “Infelizmente fomos o país que menos cresceu nos últimos trinta anos. Nossa indústria, que já foi a 9ª mais importante do mundo, caiu para 15º. A constituição brasileira diz que a indústria nacional é um patrimônio do nosso país e quem escreveu isso estava entendendo bem a importância da indústria para o desenvolvimento econômico social, e nós precisamos resgatar isso.”  

De acordo com Lippi, além da necessidade de tecnologia e eficiência dentro da indústria, é preciso um ambiente de negócios no Brasil, que pode ser ampliado após a aprovação da Reforma Trabalhista e correção do Sistema Tributário Brasileiro, que prejudica o setor industrial


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“Faço parte do Grupo de Trabalho da Reforma Tributária. Existe uma determinação política dentro da Câmara, do Senado e também do Governo Federal, para o tema ser prioridade neste primeiro semestre na Câmara Federal. Nós estamos concluindo os trabalhos e devemos implantar no Brasil o sistema IVA, um padrão OCDE utilizado por 89% dos países do mundo e nós devemos ter as mesmas regras que eles, para que tenhamos  isonomia,  competitividade e possamos desonerar os investimentos”, reforçou Lippi.  

BNDES 

O presidente da FPMAQ reforçou a importância do BNDES para o financiamento, um dos maiores problemas da indústria. “O Brasil tem os juros mais elevados do mundo para as empresas e lógico que isso é um problema gravíssimo para as nossas indústrias e para o nosso crescimento. Estamos no caminho certo de fortalecer o BNDES, fazer a Reforma Tributária, fazer um plano de reindustrialização e criar um plano de exportação do Brasil, pois não podemos mais ser um importador de bens manufaturados, nós temos que voltar a ser exportadores e agora temos uma grande oportunidade com o reposicionamento das cadeias globais.” 

Diretor do BNDES, Alexandre Correa Abreu, que representou o presidente do Banco, Aloizio Mercadante, reforçou a principal missão do BNDES, que é o desenvolvimento da indústria nacional. “Essa missão se faz com muito crédito, e com muito trabalho em conjunto de entidades como a Abimaq, que é parceira do BNDES no desenvolvimento de uma série de iniciativas que visam o apoio à indústria.” 

Na visão do banco, não existe desenvolvimento sem uma indústria forte e, segundo Alexandre, a indústria brasileira, que já foi muito mais forte do que hoje, precisa ser recuperada.  

“Para que ela seja recuperada, entre outras ações, o apoio do crédito BNDES é muito importante. Nós agradecemos a Abimaq pelo apoio nas medidas que estamos tomando no sentido de fortalecer o BNDES para tornar o crédito mais barato para a indústria brasileira”, resumiu Alexandre.  

Abimaq

Presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Gino Paulucci Júnior, reforçou o papel de atuação da entidade na luta pela reindustrialização do Brasil, certo de que o setor é fundamental para o crescimento sustentável e continuado da economia. “Em um momento de recuperação econômica e diante de acontecimentos no mundo que geram instabilidade e incertezas para a economia global, nosso trabalho é pelo fortalecimento e crescimento da indústria de máquinas e equipamentos.” 

Na oportunidade, Gino pontuou que a lista de melhorias institucionais é longa e a atuação da Abimaq está focada na redução do Custo Brasil e no apoio às reformas estruturantes, como a tributária e a administrativa, cujos benefícios serão sentidos por todos os cidadãos brasileiros. 

Na sequência, Rogério Bosco, Presidente da CSMF (Câmara Setorial de Máquinas Ferramentas e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq), destacou as principais tecnologias e lançamentos que as empresas trouxeram para a 3ª edição da feira.  

“Nos últimos anos o setor de máquinas e equipamentos tem experimentado um crescimento constante impulsionado pela demanda crescente por soluções mais eficientes e sustentadas, e a EXPOMAFE é o principal palco para apresentação das mais recentes inovações, avanços tecnológicos e as tendências globais de máquinas ferramentas, automação industrial e toda a cadeia que envolve esse segmento”, frisou Rogério.  

“Nossa evolução sempre contou com o desenvolvimento de ferramentas, máquinas e o domínio do processo de produção, ou seja, a relação homem e máquina, e novas tecnologias, são e continuarão sendo importantes para o nosso futuro, e a feira nos mostrará novas soluções para a integração de tecnologias digitais aos processos de produção industrial, com foco em maior produtividade e menores custos, além de melhor qualidade de materiais e diminuição de resíduos durante os processos”, completou Paulucci.   

MDIC 

Diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta Complexidade Tecnológica, Luís Felipe Giesteira, representando o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), reforçou o compromisso do ministério e do novo governo com a reindustrialização do país, destacando a percepção de que a indústria precisa voltar a estar no foco das atenções do Estado, do Governo e dos empresários. 

Presidente da Informa Markets, Marco Basso, reforçou a importância da feira em 2023, que marca o início de um novo ciclo de condução no país, que coincide com um contexto internacional de novos desafios e oportunidades, com alta produtividade, eficiência energética, sustentabilidade, criatividade e inclusão 

“A demanda do mercado por soluções cada vez mais inovadoras marca o ritmo frenético da evolução tecnológica das cadeias produtivas. São exatamente essas soluções que dão suporte aos processos de transformação do metal e automação industrial que poderão ser vistos na 3ª edição da Expomafe. “O evento é reflexo do comprometimento de toda a cadeia industrial, que vem intensificando o ritmo da produção à medida que a economia se fortalece, uma vez que a Expomafe é o encontro que viabiliza a reunião da oferta e da demanda, desenvolvendo as novas parcerias em prol do desenvolvimento e mobilização do setor.”  

Coordenador da Comissão Organizadora da Expomafe, Mauricio Lopes, enfatizou a quantidade de marcas expositoras, que superam 900, sendo 41 empresas internacionais de dez diferentes países, que ajudam a consolidar a Expomafe como a maior feira de máquinas e ferramentas e automação industrial da América Latina

“Nós da comissão pudemos acompanhar ao longo dessa jornada o esforço e o trabalho para alavancar e melhorar nosso evento. Por isso vemos aqui o que há de mais moderno em tecnologia, além de uma extensa programação paralela com o estande e demonstração da indústria 4.0, a ilha da soldagem, e o parque de ideias do nosso estande temático”, resumiu Mauricio.