A produção de grafeno em larga escala é baseada na esfoliação do grafite, por isso, pesquisadores suécos estão testando o uso do grafite de baterias usadas de veículos elétricos como matéria-prima para a produção de grafeno. Atualmente, as organizações Chalmers, Grafren e Chalmers Industriteknik estão investigando as possibilidades.
“Aqui trabalhamos para aproveitar o grafite que seria descartado. Queremos criar uma produção sustentável de grafeno e criar um produto valioso a partir de algo que, de outra forma, seria jogado fora. É um projeto fantástico", diz a pesquisadora de baterias Martina Petranikova, do departamento de Chalmers para reciclagem de materiais industriais.
Montanhas de grafite usado
De acordo com a Circular Energy Storage, a produção global de baterias de íons de lítio em 2022 atingiu cerca de dois milhões de toneladas, com um aumento esperado para pelo menos quatro milhões de toneladas nos próximos três anos.
Cada célula de bateria de íon de lítio individual tem aproximadamente 18% de grafite em peso. Isso significa que 400.000-800.000 toneladas de grafite serão extraídas, trazidas para a cadeia de valor e, possivelmente, acabarão como lixo no final da vida útil da bateria. Agora a montanha de grafite usado pode ter um novo uso.
“Hoje, o material contendo grafite das baterias de veículos elétricos é principalmente tratado como lixo e queimado para a reciclagem de certos componentes metálicos. Vemos grandes oportunidades para mudar isso”, diz Sofia Öiseth, gerente de projeto da Chalmers Industriteknik.
Redução do impacto ambiental
No longo prazo, os resultados devem reduzir o impacto das mudanças climáticas ao reaproveitar o carbono que já está na cadeia de valor. A curto prazo, o material mais fino e resistente do mundo será criado de forma sustentável e dará novo poder à indústria sueca.
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“Agora vamos da criação desse material mágico à construção de um mundo sustentável de verdade. Não se trata apenas de grafeno sustentável, mas de muitos produtos sustentáveis graças à multifuncionalidade do material”, diz Erik Khranovskyy, CEO da empresa Linköping Grafren, que coordena o projeto.
