Cargill investe R$ 50 milhões para ampliar produção em 70%

Para quase dobrar a capacidade de produção de chocolates, a empresa pretende comprar novos equipamentos nacionais e importados.

Até o final de 2024, a Cargill vai investir R$ 50 milhões para ampliar em 70% a produção de sua fábrica de Porto Ferreira, no interior paulista. A unidade produz chocolates para indústria, food service e mercado artesanal desde 2007.

De acordo com a publicação da Globo Rural, o objetivo do aporte é atender à demanda crescente do setor industrial e aumentar o market share em chocolates, no entanto, a companhia não divulgou nem a capacidade de produção atual ou futura da fábrica, nem sua fatia de mercado.

A unidade de Porto Ferreira, adquirida em 2005 da Nestlé, é a única na América do Sul que produz chocolate e coberturas de chocolate prontas para aplicação em diferentes processos. A matéria-prima, formada por sólidos de cacau, manteiga e pó de cacau, vem em caminhões da indústria da empresa em Ilhéus (BA), que processa as amêndoas de cacau compradas de produtores da Bahia, Pará e Espírito Santo, principalmente, além de importar o produto de países africanos, como a Costa do Marfim.

Novas máquinas e novas linhas

Para quase dobrar a capacidade de produção, haverá a construção de novas áreas na planta de Porto Ferreira, compra de equipamentos nacionais e importados e contratação de mais funcionários para se juntar aos atuais 150.

“Não vamos trocar maquinário e sim acrescentar novas máquinas e criar novas linhas”, diz a engenheira de alimentos Ludmila Roseiro, líder das categorias de chocolate e cobertura da Cargill.

No ano passado, a Cargill lançou uma nova versão da sua marca de chocolates, a Genuine, para oferecer novas experiências ao consumidor que prefere um alimento com mais cacau. Trata-se do Genuine Dark 65% Cacau, produto meio amargo ou branco vendido no formato de gotas de chocolate ou moedas em sacos de 1 kg para facilitar o trabalho na confeitaria.


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Questionada por que não optou pelo cacau 70%, muito demandado atualmente pelo mercado de chocolates artesanais premium, Ludmila diz que a opção foi oferecer um produto que incluísse a maior saudabilidade do cacau, mas tivesse uma combinação perfeita entre percepção de doçura e textura cremosa.

Alta no mercado

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Kantar, de janeiro a setembro de 2022, o setor de chocolates vendeu 1,75 bilhão de itens, um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, com faturamento de R$ 7,2 bilhões.

*Imagem de capa: Depositphotos