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Projeto recebe aporte de R$ 2,2 milhões para aumentar produtividade de usinas com IA

O projeto busca desenvolver um novo processo baseado em inteligência artificial para permitir monitoramento, controle e ajustes da fermentação industrial em tempo real.

Por: Redação CIMM      11/07/2022 

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Fermentec, empresa que trabalha com soluções tecnológicas para produção de açúcar, etanol e bioenergia, receberão aporte de R$ 2,2 milhões para desenvolvimento de inteligência artificial.

De acordo com a publicação do Nova Cana, o objetivo do projeto  intitulado “Aplicações de inteligência artificial para aumento da produtividade industrial e redução da vinhaça em usinas de açúcar e etanol” é otimizar o bioprocesso de fermentação para produção de etanol, por meio da adoção de um fluxo de dados em tempo real e de algoritmos computacionais que permitam ampliar a produtividade industrial e reduzir a produção de vinhaça.

A contrapartida do investimento é de R$ 682,65 mil e a vigência estabelecida foi de 36 meses. Conforme consta no projeto, as usinas produtoras de etanol apresentam bom nível de automação, porém necessitam de aplicações tecnológicas da indústria 4.0.

“Uma pesquisa realizada pela Fermentec com trinta usinas revelou que 46% não tem sequer integração entre as redes de automação e as de tecnologia da informação”, detalha o documento. Diante desse cenário, o projeto quer desenvolver um novo processo, baseado em inteligência artificial, para permitir monitoramento, controle e ajustes da fermentação industrial em tempo real para aumentar a produtividade das usinas. 

De acordo com a publicação, isso só é possível com o aumento do teor alcoólico das fermentações e com a redução do tempo de espera para a centrifugação das dornas.Para alcançar esse objetivo, os pesquisadores irão realizar experimentos em fermentadores de bancada e fazer a captação de dados reais a partir de plantas industriais.


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 “As fermentações em biorreatores serão realizadas para estudar várias condições de operação que vão gerar rapidamente um grande conjunto de dados, essenciais para os estudos preliminares de construção das funcionalidades”, acrescenta o texto do projeto.

Outro fator destacado no documento é que a avaliação das tecnologias dentro da indústria é necessária para ajustes do processo, como é o caso do softsensor de diagnóstico e classificação, mecanismo capaz de prever a trajetória da fermentação pelo consumo de açúcar.

“Atualmente, a demora em confirmar o consumo de açúcar no final da fermentação acarreta um aumento considerável de tempo de espera para centrifugação das dornas, com impacto significativo na produtividade industrial”, ressalta o documento.

Com o softsensor de inferência, o processo pode ser automatizado, informando em tempo real quando a fermentação será finalizada e reduzindo o tempo de espera para o início da fermentação seguinte.

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