MEI lança plataforma que conecta empresas e universidades na área de engenharia

Plataforma MEIHub ICT-Empresa foi lançada durante o Fórum Nacional de Integração Universidade-Empresa, em São Paulo.

A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) lançou na sexta-feira (11), em solenidade realizada em São Paulo, a Plataforma MEIHub ICT-Empresa. A ferramenta é um meio para facilitar a conexão entre empresas e instituições de ensino superior na área de engenharia. 

Além de promover a interação entre instituições de ensino superior e o setor empresarial, a plataforma abre espaço para que as empresas apresentem desafios de engenharia para serem resolvidos por alunos de graduação. 

De acordo com a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio, entre outros propósitos a plataforma busca modernizar o ensino de engenharia, reter estudantes nos cursos e carreiras de engenharias e possibilitar que empresas identifiquem talentos nos cursos de graduação da área. A iniciativa foi criada pelo Grupo de Trabalho de Engenharia-STEAM da MEI, movimento de lideranças empresariais coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

“A criação da plataforma foi uma inciativa importante do GT de Engenharia-STEAM da MEI para contribuir com a maior aproximação universidade-empresa, que é um dos pilares para modernizarmos a educação em Engenharia no país. Mas esse foi apenas um passo”, destacou Gianna Sagazio. 

“Com essa plataforma, a MEI está buscando dar uma contribuição concreta para a promoção dessa integração. É um projeto piloto, mas temos a expectativa de que seja muito bem-sucedido, pois foi desenhado e estruturado junto com os atores que farão parte da iniciativa nesse primeiro momento: universidades do GT e empresas da MEI”, acrescentou a diretora de Inovação da CNI. 

A plataforma foi lançada já com sete empresas cadastradas – Akaer, Embraer, Concremat, ArcelorMittal, Festo, Siemens Energy, Ultrapar e Weg – e com 12 universidades: FEI, Poli-UFRJ, Unicamp, Fatec-São José dos Campos, Inatel, Insper, Mauá, PUC-PR, UFSC, UFSCar, Universidade Positivo e Mackenzie. A MEIHub ICT-Empresa também já tem 25 desafios cadastrados. Neste primeiro momento, somente empresas que fazem parte da MEI e universidades que integram o GT de Engenharia/STEAM da MEI poderão se cadastrar na plataforma. 


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“O número atual é bastante positivo. As empresas que se cadastraram abraçaram a ideia. As instituições verão que temos uma diversidade de problemas cadastrados, ligados à indústria química, de construção, metalurgia, aeroespacial, mas também à mobilidade urbana, em energias renováveis, inteligência artificial”, detalhou Gianna. 

Recomendações para as empresas: 

  • Adequar o grau de complexidade do desafio ao nível da graduação;
  • Priorizar não apenas questões técnicas pontuais, mas também temas contemporâneos que impactam a atividade das empresas, como problemas relacionados à sustentabilidade, transformação digital, entre outros;
  • Apresentar o problema de forma clara e objetiva;
  • Propor problemas que possam ser trabalhados durante o calendário acadêmico, em diferentes prazos (dois, três, seis meses, por exemplo) e por equipes em diferentes períodos da graduação (do 1º ao 5º ano);
  • Priorizar assuntos que não envolvam sigilo ou questões sensíveis, a fim de facilitar a adequação das exigências jurídicas;
  • Oferecer mentorias e visitas à organização para as equipes envolvidas nos projetos;
  • Cobrir os custos com o desenvolvimento dos projetos, definido limite para as despesas;
  • Considerar a possibilidade de oferta de bolsas durante o desenvolvimento dos projetos ou de estágio após o encerramento das atividades.

Recomendações para as instituições de ensino: 

  • Incentivar professores e alunos a trabalharem nos temas propostos pelas empresas;
  • Organizar equipes multidisciplinares e com diversidade;
  • Realizar curadoria das propostas de soluções que serão submetidas à seleção das empresas;
  • Indicar pelo menos um(a) profissional para interagir com a empresa em questões relacionadas à gestão e execução do projeto (ponto de contato na Plataforma);
  • Alocar pelo menos um(a) professor(a) para apoiar os alunos no desenvolvimento das soluções;
  • Ser flexível em negociações, em especial, sobre propriedade intelectual.