A Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), elaborada pela Fundação Seade, registrou investimentos anunciados no total de R$ 18,6 bilhões no segundo semestre de 2021.
O destaque do período foi a distribuição regional (interior e litoral), que saltou de R$ 3,5 bilhões no 2º semestre de 2020, para R$ 11,3 bilhões em 2021. As regiões administrativas de Sorocaba (R$ 2,7 bilhões), Campinas (R$ 2,1 bilhões), Central (R$1,9 bilhão) e Santos, com R$ 1,5 bilhão, foram as que mais receberam investimentos.
Setores
A indústria registrou o maior valor (R$ 7,5 bilhões) dos últimos cinco semestres, assumindo a liderança entre os setores. O principal impulso veio da construção civil, que influenciou positivamente o desempenho de vários segmentos do setor, como metalurgia, cujo destaque foi o investimento de R$ 2,0 bilhões, da empresa CBA, do grupo Votorantim. O ramo de bebidas, por sua vez, destacou-se pela instalação no território paulista de uma das líderes globais na produção de cerveja, a empresa Estrella Galicia, do grupo Hijos de Rivera (R$ 1,9 bilhão).
No setor de serviços, com o montante (R$ 5,9 bilhões) mais elevado desde o semestre inicial de 2013, predominaram as atividades imobiliárias, envolvendo grandes empreendimentos na capital paulista como o Cidade Center Norte, do grupo Baumgart (R$ 1,2 bilhão), e o Altre, do grupo Votorantim (R$ 1,2 bilhão).
Outros destaques do setor foram hospitais e operadoras de planos de saúde, marketplace para viagens rodoviárias, locação de veículos, resorts, novas escolas e serviços de computação em nuvem.
O setor da infraestrutura, com valor total de R$ 3,3 bilhões, os destaques foram os investimentos em redes de transmissão e distribuição elétrica, além de geração de eletricidade que somaram R$ 1,8 bilhão. Acrescentem-se os recursos (R$ 1,1 bilhão) para expansão de terminais arrendados no Porto de Santos, que visam aumentar a capacidade de movimentação de cargas no local.
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O montante de R$1,1 bilhão anunciados para o comércio, foram direcionados para inovação e melhorias logísticas como centros de distribuição maiores e mais próximos dos mercados consumidores, automação, digitalização, visando agilizar o atendimento aos clientes por meio de todos os canais de vendas.
Por fim, na agropecuária, os recursos de R$ 833 milhões destinam-se à adoção de novas tecnologias nos canaviais e compra de equipamentos agrícolas, bem como para ampliar a produção de ovos, cuja demanda segue em alta no país.
