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Entre os esforços do Brasil traçados para 2022 está o de frear o alto consumo de energia elétrica. É que o País foi eleito como um dos membros do Energy Efficiency Hub – plataforma global de colaboração para possibilitar benefícios ambientais, sociais e econômicos no que diz respeito à eficiência energética.
Este trabalho será realizado ao lado de outras 15 nações, sendo elas: Argentina, Austrália, Canadá, China, Dinamarca, União Europeia, França, Alemanha, Japão, Coreia, Luxemburgo, Rússia, Arábia Saudita, Reino Unido e Estados Unidos, as quais, juntas, têm por objetivo favorecer as comutações sobre política de eficiência, bem como regulação e implementação de medidas.
Entre as principais orientações do Energy Efficiency, está a procura por novas soluções para o uso racional e sustetável da energia sejam nas residências, empresas ou indústrias. São tecnologias voltadas a garantir eficiência energética. Em seu pronunciamento no lançamento do Hub em Paris, Fatih Birol, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, disse considerar a eficiência energética “o ‘primeiro combustível’ porque ela é crucial para enfrentar as mudanças climáticas e tornar nossos suprimentos de energia mais seguros, deixando também dinheiro em nossos bolsos". "Estou muito satisfeito em ver os países se unindo como parte do Hub de Eficiência Energética para acelerar esforços”, afirmou.
É importante lembrar que o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas) mostra que não há tempo e qualifica como urgente a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
As maiores vilãs do consumo de energia no mundo são as indústrias. Isso se dá por conta do uso de motores elétricos na produção (muitas vezes antigos e nada eficientes), segundo Gustavo Batista, promotor técnico da Reymaster Materiais Elétricos e especialista em iluminação e eficiência energética.
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Segundo ele, se as fábricas se comprometerem a implementar a cultura da eficiência energética, as chances de êxito na redução do consumo de eletricidade são bem grandes. “Eficiência energética é fazer mais com menos. Como? Utilizando motores mais eficientes; substituindo as lâmpadas convencionais por LED; automatizando os processos industriais; utilizando inversores de frequência; instalando painéis fotovoltaicos, e outras soluções”, lista.
Gustavo ressalta ainda, que as condutas de eficiência energética concretizadas pela indústria serão a chave na contenção das emissões de CO2, e as marcas que abraçarem essa causa sairão na frente. “Além de reduzir custos na produção e retrabalho, gerando economia de dinheiro e tempo, a inovação de automatizar processos para fazer mais com menos conserva o meio ambiente pela redução das emissões de gás carbônico, o principal causador do efeito estufa”.
Cálculos do Plano Decenal de Expansão de Energia 2030, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mostram que os ganhos de eficiência energética reduzirão aproximadamente 6% da eletricidade da indústria em 2030.
A eficiência energética é um dos pilares da estratégia definida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentada na Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, como um dos principais ativos do país em sua agenda ambiental. Entre os quase 200 países signatários do Acordo de Paris, o Brasil, assumiu um dos desígnios mais ambiciosos de redução de suas emissões de GEE. Fixando 2005 como base, o compromisso do País foi atenuar o lançamento de gases de efeito estufa em 37%, até 2025, e 43%, até 2030.
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